Será que adianta fazer exercício físico em casa com supervisão remota?

Durante a pandemia, essa maneira de se exercitar ganhou muita força. Mas será que ter um acompanhamento profissional durante o exercício em casa faz diferença?

Pesquisadores da Escola de Educação Física e Esporte – USP fizeram um estudo com mais de 300 voluntários para comparar a efetividade entre 3 tipos de treinos:
◾️ treino presencial com personal trainer;
◾️ treino on-line sem supervisão;
◾️treino com supervisão por vídeo-chamada.

Os dois tipos de aula com supervisão foram as que tiveram maior efeito positivo na saúde física e mental dos participantes.
Os participantes com supervisão por videochamada fizeram pilates, crossfit, yoga, dança e exercícios aeróbios, e registraram maior nível de atividades físicas intensas em comparação aos indivíduos que realizaram treinos sem supervisão profissional.

Os autores acreditam que a presença do profissional para orientar e promover o aumento da intensidade dos exercícios físicos foi fundamental para que as melhorias das capacidades físicas e sintomas mentais fossem observados nesses dois grupos.

Um dado muito interessante desta pesquisa, foi que os indivíduos que fizeram atividades presenciais com o personal trainer, apresentarem um ganho menor quando comparados com os que tiveram a supervisão por vídeo-chamada. Um dos pontos levantados pelos autores foi, que talvez, o uso de máscara nas aulas presenciais pudesse causar algum desconforto, e consequentemente uma menor intensidade durante as atividades. Outro ponto levantado por eles foi uma maior motivação por parte daqueles indivíduos que ficaram em casa, e por isso, não ficaram preocupados com a contaminação por covid-19 e fizeram os exercícios com uma maior intensidade.

De qualquer forma, o estudo mostrou que a prática de atividade física regular, mesmo em casa e com supervisão é suficiente para melhorar o condicionamento físico e a saúde mental durante esse período de pandemia. Essa conclusão é importante porque mesmo depois que tivermos a liberação para as práticas esportivas e de atividades físicas fora de casa pelo fim da pandemia, as pessoas que preferem fazer as atividades em casa, podem permanecer nessa prática porque agora já sabem que também são eficazes para a nossa saúde física e mental.

Procure o seu médico e um professor de educação física para orientá-los sobre a melhor prescrição dos exercícios físicos para você.

Dra. Ana Lucia de Sá Pinto
@analuciadesapinto
Pediatra e Médica do Exercício e Esporte

A obesidade e seus riscos para saúde

A obesidade vem se tornando um problema de saúde púbica mundial. No Brasil, uma em cada cinco pessoas está acima do peso e a prevalência de obesidade passou de 11,8%, em 2006, para 18,9%, em 2016. O crescimento da obesidade veio acompanhado do aumento da prevalência de diabetes e hipertensão.

O ganho de peso está relacionado a um desequilíbrio entre o consumo e gasto de calorias, levando a um acúmulo enérgico, principalmente na forma de gordura. Além dos conhecidos fatores ambientais como hábito alimentar e sedentarismo, os fatores genéticos relacionados à maior predisposição a lipogênese (acúmulo de gordura) e a menor lipólise (quebra de gordura) também têm grande influência. Sendo assim, a obesidade deve ser encarada como uma doença crônica, a qual requer um acompanhamento contínuo a longo prazo.

A obesidade aumenta o risco de desenvolvimento de dezenas de outras doenças crônicas, que causam prejuízo à qualidade de vida dos pacientes, além de serem potencialmente fatais. As doenças correlacionadas mais conhecidas são diabetes mellitus, hipertensão arterial e doenças cardiovasculares. Além dessas, o excesso de peso pode levar doenças do sistema respiratório, do sistema digestório e osteomusculares, sendo, também, fator de risco para o desenvolvimento para alguns tipos de cânceres como de mama, endométrio, próstata e cólon.

Com o crescimento da epidemia de obesidade, têm surgido diversas propostas de tratamentos para perda de peso. Infelizmente, nem todas têm sua eficácia cientificamente comprovada e algumas podem inclusive trazer riscos à saúde dos pacientes. Tem se tornado evidente que medidas drásticas de perda de peso e abordagens estreitas para o tratamento da obesidade raramente são eficazes e que uma estratégia mais ampla e multidisciplinar baseada em pequenas mudanças de estilo de vida é mais viável para os pacientes, produzindo resultados mais consistentes.

Baseados nas mais atuais evidências científicas, nós da Clínica MOVE acreditamos que os cuidados multidisciplinares voltados para abordagens práticas para a mudança de estilo de vida em pequenos passos podem ser um meio eficaz de tratamento para muitos pacientes que necessitam perder de peso. Por isso, oferecemos acompanhamento com um time de especialistas compostos por endocrinologistas, nutricionistas, educadores físicos e terapeuta comportamental, trazendo um conjunto único de habilidades para atender às necessidades do paciente.
Os médicos abordam problemas médicos que podem afetar a perda de peso e outras doenças associadas (diabetes, hipertensão…) além de ajudarem os pacientes a estabelecer suas metas, enquanto os nutricionistas ajudam os pacientes a aprenderem gradualmente a comer menos e a incorporar alimentos saudáveis em suas dietas. Os educadores físicos ensinam formas práticas de inserir, de forma adequada, a atividade física no dia a dia e os terapeutas comportamentais ajudam os pacientes a se prepararem mentalmente para o processo de mudança de estilo de vida e abordam as barreiras à mudança.

Com a atuação de todos os membros da equipe multidisciplinar aliados ao compromisso contínuo dos pacientes, traçamos objetivos práticos e, a pequenos passos, podemos chegar a grandes resultados no alcance da perda de peso saudável e duradoura.

Dra. Mirela Miranda
Endocrinologista da Clínica Move

Outubro Rosa na MOVE

No mês de outubro, convidamos a todos a refletirem sobre a prevenção do câncer de mama, um dos mais incidentes no Brasil e do mundo. Com medidas relativamente simples, podemos reduzir em 28% a ocorrência dessa patologia, que conta com fatores genéticos importantes, mas também com fatores ambientais para seu desenvolvimento. Só em 2016, as estatísticas projetaram a ocorrência de 57.900 casos novos de câncer de mama.

Com relação ao estilo de vida, órgãos internacionais e nacionais recomendam que, para prevenir o câncer, deve-se

  • Manter peso saudável, pois o excesso de gordura corporal altera a função de vários hormônios, sobretudo na pós-menopausa
  • Atividade Física regular, para evitar o ganho de peso e melhorar o funcionamento do sistema imunológico. As recomendações mínimas são de pelo menos 30 minutos de exercício moderado por dia, ou de 150 minutos de atividade moderada ou 75 min de atividade vigorosa por semana.
  • Evitar bebidas ricas em açúcar e alimentos ricos em gordura
  • Consumir diariamente frutas, legumes e verduras e grãos integrais, ricos em fibras e compostos bioativos com ação antioxidante
  • Limitar o consumo de carne vermelha a 500g por semana e evitar os embutidos e carnes processadas (salame, mortadela, salsicha, bacon, etc) pois estes últimos têm muitos conservantes e sódio, os quais aumentam o risco de câncer
  • Evitar bebida alcoólica, de todos os tipos e de sal, reduzindo de 9g (consumo médio do brasileiro) para 5g o consumo de sal por dia, ou 2g de sódio.
  • Aleitamento materno, protege as mães e evita o ganho de peso dos bebês na vida adulta
  • Manter alimentação saudável após o tratamento
  • Vitaminas e minerais devem vir preferencialmente de uma dieta equilibrada e variadas a fim de atingir as necessidades nutricionais. Excesso de vitaminas e minerais na forma de suplementos podem aumentar o risco de determinados tipos de câncer
  • Fazer o auto cuidado das mamas e manter visitas regulares ao seu médico

Nós, da Clínica MOVE, podemos ajudá-lo a ter um estilo de vida mais saudável e também a auxiliá-la na alimentação e na prática segura de exercícios físicos antes, durante e após o tratamento.

 

Patrícia L.Campos-Ferraz
Nutricionista Clínica e Esportiva

Dia Mundial Sem Tabaco: Por que parar de fumar?

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O tabagismo é considerado pela Organização Mundial da Saúde como sendo a principal causa de morte evitável no mundo. Na fumaça do cigarro, encontram-se mais de 4700 substâncias tóxicas e estima-se que 47% dos homens e 12% das mulheres sejam fumantes mundialmente.
Nas primeiras horas sem fumar, já é possível observar redução da pressão arterial e frequência cardíaca e, com o tempo, os risco de doenças cardiovasculares e câncer causados pelo cigarro reduzem significativamente.
Há benefícios extraordinários: melhora da saúde, disposição, auto estima, vitalidade.
O auxílio médico é fundamental para que essa mudança seja efetiva e duradoura, aliado à prática de atividade física, aeróbia e de fortalecimento muscular.
Assim, deixar de fumar se torna mais fácil, e os benefícios na saúde e na qualidade de vida só aumentam.
Aproveite o Dia Mundial sem Tabaco e tome a iniciativa!
A Clínica Move pode ajudar você a parar de fumar!

Fonte: Dra. Daniele Bedin – Pneumologista da Clínica MOVE
e Portal Brasil

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