Capsulite Adesiva (ombro congelado)

A capsulite adesiva é caracterizada pela inflamação e contratura da cápsula articular do ombro, resultando em dor e significativa perda de mobilidade articular.

É uma condição autolimitada, geralmente dividida em três fases: fase dolorosa, fase de rigidez, e fase de recuperação.

Os pacientes inicialmente relatam dor difusa no ombro, que tende a piorar à noite e com movimentos específicos. Com o tempo, ocorre uma perda da amplitude articular (ombro congelado), especialmente em abdução e rotação externa. A duração de cada fase pode variar, mas o curso completo da doença geralmente se estende de 1 a 3 anos.

O diagnóstico é clínico, baseado na história do paciente e exame físico, que demonstra limitação ativa e passiva dos movimentos do ombro. Exames de imagem, como ressonância magnética ou ultrassonografia, podem auxiliar no diagnóstico e afastam outras patologias do ombro que também cursam com dor.

O manejo da capsulite adesiva foca na redução da dor e na restauração da mobilidade.
As abordagens terapêuticas incluem fisioterapia (que tem um papel fundamental), medicamentos (para controle da dor), injeções intra-articulares de corticoides guiadas por US, bloqueio do nervo supra-escapular e, em casos refratários, a manipulação sob anestesia ou liberação capsular artroscópica.

A tendência atual é focar no tratamento multimodal, com a combinação de terapias conservadoras e intervenções mais invasivas em casos resistentes ao tratamento conservador. O prognóstico é geralmente bom, com a maioria dos pacientes apresentando recuperação funcional ao longo do tempo.

Dra. Fernanda Lima
CRM: 62.333
@‌fefarlima
Reumatologista e Médica do Esporte da Clínica Move

Fraturas Vertebrais por Osteoporose no Brasil

• A osteoporose causa fragilidade dos ossos e aumenta o risco de fraturas. Esse tipo de fratura pode trazer dor, internação, necessidade de procedimentos cirúrgicos, incapacidade física e causa aumento do risco de morte.

• O estudo São Paulo Ageing & Health (SPAH), realizado na Faculdade de Medicina da USP, acompanha uma população de quase 1000 idosos > 65 anos residentes na comunidade do Butantã, em São Paulo, desde 2005.

• Nesse estudo, parte da minha tese de doutorado, verificamos a incidência e os principais fatores de risco para fratura vertebral radiográfica. 707 idosos (449 mulheres e 258 homens) foram avaliados com radiografias de coluna obtidas no início do estudo e após um seguimento médio de 4,3 anos.

• Este foi o primeiro estudo de base populacional a demonstrar a elevada frequência de fratura vertebral em idosos latinos americanos (40,3/1.000 pessoas-ano em mulheres e 30,6/1.000 em homens).

• Idade, fratura anterior, baixa massa óssea na densitometria e taxa de remodelação óssea aumentada foram os principais fatores de risco para fratura vertebral em idosos brasileiros
Esses dados são fundamentais para conhecermos a realidade da osteoporose na nossa população e pensarmos em estratégias de prevenção de fraturas.

Dr. Diogo Domiciano
Clínico Geral e Reumatologista da Clínica Move

Domiciano DS, Machado LG, Lopes JB, Figueiredo CP, Caparbo VF, Takayama L, Oliveira RM, Menezes PR, Pereira RM. Incidence and risk factors for osteoporotic vertebral fracture in low-income community-dwelling elderly: a population-based prospective cohort study in Brazil. The São Paulo Ageing & Health (SPAH) Study. Osteoporos Int. 2014;25(12):2805-15. doi: 10.1007/s00198-014-2821-3).

Osteosarcopenia – massa óssea e massa magras baixas

Em uma pessoa saudável, músculos e ossos correspondem a 55% da massa corporal. Essa distribuição favorece uma postura adequada e uma boa mobilidade.

A osteosarcopenia é o nome dado pela combinação da baixa massa óssea e da massa magra (músculo). É uma condição de risco típica da população idosa.

Além da perda de massa óssea e muscular, a questão se agrava pois, nesse quadro, a gordura acaba infiltrando a medula óssea e as fibras musculares atrofiadas, mesmo em situações em que a obesidade não está presente. A gordura nesses tecidos é tóxica e afeta o funcionamento normal dos tecidos locais aonde ela se infiltra.

A síndrome decorrente da osteosarcopenia deixa o idoso em uma situação muito grande de fragilidade, aumentando risco de quedas, fraturas e perda da independência funcional e qualidade de vida. como mostra a figura que eu postei, que foi extraída do artigo. Já temos medicações muito eficazes para o tratamento da baixa massa óssea, mas …o mesmo não acontece para massa muscular, por isso é importante buscar estratégias que previnam a perda de massa magra.

Dra. Fernanda Lima
Reumatologista e Médica do Esporte da Clínica Move

 

Como é feito o tratamento não medicamentoso da fibromialgia?

A base do tratamento da fibromialgia são as medidas não medicamentosas, dentre elas:
1) Educação sobre a doença – é importante que o paciente e seus familiares saibam:
• Reconhecer os sinais e sintomas;
• Identificar os fatores de piora e melhora;
• A doença é benigna: não deforma, não afeta a função de órgãos internos, não coloca o paciente em risco de vida;
• A doença apresenta curso crônico não progressivo, com períodos de melhora e piora ao longo do tempo;
• A importância das medidas não medicamentosas.

2) Prática regular de atividade física, se possível associando:
• Exercícios aeróbios como a caminhada, bicicleta, natação, hidroginástica;
• Exercícios de fortalecimento muscular;
• Exercícios de flexibilidade;
• Exercícios neuromotores.

3) Psicoterapia, com ênfase para a terapia cognitivo-comportamental.

4) Higiene do sono.

Se você tem o diagnóstico de Fibromialgia, marque uma consulta com o reumatologista.

Dr. Henrique Ayres
Clínico Geral e Reumatologista da Clínica Move

Por que sentimos mais dor no inverno?

A ciência tem pesquisado sobre essa informação, mas ainda não há nenhuma informação conclusiva.
Uma das teorias vigentes diz que a alteração barométrica gera a expansão dos tecidos e isso leva a percepção de desconforto, dor e rigidez no aparelho locomotor.
Além disto, para tentar manter a temperatura corporal diante da exposição ao frio, a nossa tendência é contrair nossa musculatura de forma mais intensa. Isso leva a fadiga e dores musculares, em especial nos músculos do pescoço e ombros.

Um outro mecanismo gerador de dor seria o espasmo dos vasos dos braços e das pernas, para poupar a temperatura interna. O intuito desse mecanismo é mandar mais sangue para o centro do corpo, onde estão os órgãos nobres. Essa falta de circulação na periferia também gera esse desconforto, dor e rigidez nos músculos, tendões e articulações.
Por fim, o frio derruba o humor de muitas pessoas. Em pacientes com algumas doenças crônicas que geram dor, o humor mais depressivo pode amplificar a sensação de dor que essas pessoas já apresentam.
Dito isto, para evitar essas dores chatas do inverno, em especial nos pacientes com doenças reumatológicas, procure se agasalhar bem e se manter em movimento.

Dra. Fernanda R. Lima @fefarlima
Reumatologista e Médica do Esporte da Clínica Move

Estou com dor no ombro, o que pode ser?

O ombro é a articulação que possibilita a maior variedade de movimentos.  Essa articulação é importante para um grande número de atividades do dia a dia e diversas práticas de atividade física.

Essa ampla gama de movimentos pode levar a uma lesão aguda ou a uma instabilidade articular, com impacto entre as estruturas ósseas e as partes moles, que incluem bursas, ligamentos, músculos e tendões, desencadeando dor ou dificuldade para movimentar o braço.

Por isso, são várias as patologias que podemos ter no ombro:

  • Bursites e tendinite
  • Lesões com rompimento parcial ou total dos tendões
  • Síndrome de Impacto
  • Instabilidade articular, com luxações ou subluxações
  • Osteoartrite, popularmente conhecida como artrose
  • Fraturas

Essas lesões, quando não tratadas adequadamente, podem acabar impedindo a movimentação normal do ombro como um mecanismo de defesa, podendo, em alguns casos,  acarretar no chamado “ombro congelado”, em que o paciente não consegue mais mover o braço de maneira adequada, com uma grande perda da amplitude do movimento.

A partir da história clínica do paciente, a característica da dor e o tipo de  atividade esportiva e do dia a dia, bem como  do exame fisico minuncioso, o médico suspeita das possíveis causas. A partir daí, são pedidos exames de imagem que ajudam a chegar no diagnóstico.

A maioria das lesões melhoram com tratamento clínico, e  várias medidas precisam ser tomadas:

Retirar os fatores que desencadeam ou pioram a dor

Analgésicos e antiinflamátorios não hormonais

Medicações intra-articulares

Fisioterapia (analgesia)

Cinesioterapia (fortalecimento muscular)

Acupuntura

Avaliação biomecânica

Uma das especialidades capacitadas para o diagnóstico da causa da dor, seu tratamento e prevenção é o medico Reumatologista.

Dra Gabriela Daffre
Médica Reumatologista da Clínica Move

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