Capsulite Adesiva (ombro congelado)

A capsulite adesiva é caracterizada pela inflamação e contratura da cápsula articular do ombro, resultando em dor e significativa perda de mobilidade articular.

É uma condição autolimitada, geralmente dividida em três fases: fase dolorosa, fase de rigidez, e fase de recuperação.

Os pacientes inicialmente relatam dor difusa no ombro, que tende a piorar à noite e com movimentos específicos. Com o tempo, ocorre uma perda da amplitude articular (ombro congelado), especialmente em abdução e rotação externa. A duração de cada fase pode variar, mas o curso completo da doença geralmente se estende de 1 a 3 anos.

O diagnóstico é clínico, baseado na história do paciente e exame físico, que demonstra limitação ativa e passiva dos movimentos do ombro. Exames de imagem, como ressonância magnética ou ultrassonografia, podem auxiliar no diagnóstico e afastam outras patologias do ombro que também cursam com dor.

O manejo da capsulite adesiva foca na redução da dor e na restauração da mobilidade.
As abordagens terapêuticas incluem fisioterapia (que tem um papel fundamental), medicamentos (para controle da dor), injeções intra-articulares de corticoides guiadas por US, bloqueio do nervo supra-escapular e, em casos refratários, a manipulação sob anestesia ou liberação capsular artroscópica.

A tendência atual é focar no tratamento multimodal, com a combinação de terapias conservadoras e intervenções mais invasivas em casos resistentes ao tratamento conservador. O prognóstico é geralmente bom, com a maioria dos pacientes apresentando recuperação funcional ao longo do tempo.

Dra. Fernanda Lima
CRM: 62.333
@‌fefarlima
Reumatologista e Médica do Esporte da Clínica Move

Esporte e função renal: o que o atleta precisa saber para cuidar melhor da sua saúde renal.

Os rins são órgãos extremamente importantes, mas também muito negligenciados. Eles têm a função de excretar o excesso de água e metabólitos do organismo, de ajustar o pH, contribuindo para a manutenção da nossa homeostase e regulação da nossa pressão arterial. Eles são responsáveis pela excreção de metabólitos como creatinina e ácido úrico, bem como medicamentos e produtos químicos ingeridos no dia a dia.

Os rins também secretam hormônios, como a eritropoetina e a vitamina D, que também participam em inúmeras funções no organismo. Portanto, é inquestionável a importância de se preservar a saúde desse órgão.
Os esportes de endurance desafiam muito a função renal. Durante o exercício, a perfusão sanguínea é desviada para os músculos em ação. Esse “roubo sanguíneo” leva a uma redução do fluxo para os rins. Os glomérulos (unidades funcionais nos rins) ficam mais permeáveis e há um aumento da perda de hemoglobina e proteínas pela urina. No conjunto, essas alterações levam a uma situação de hipóxia (ou baixa oxigenação) para as células renais, aumentando o risco de lesão tecidual local.

Em treinos e provas longas, o atleta fica sob risco de se desidratar, o que piora mais ainda o fluxo renal já reduzido.
Adiciona-se ao que foi descrito acima, em situações de desgaste extremo, pode ocorrer uma situação chamada rabdomiólise, que é uma quebra maciça de fibras musculares. A rabdomiólise leva a um acúmulo de mioglobina (proteína muscular) nos rins, contribuindo com uma imensa sobrecarga para um órgão que, nessa situação de exercício intenso e prolongado, já está trabalhando no seu limite.

Um estudo prévio com maratonistas publicada na revista médica Nefrology (DOI 10.1111/j.1440-1797.2010.01354.x) mostrou que até 40% dos participantes apresentam uma creatinina aumentada, compatíveis com insuficiência renal aguda, no final de uma prova! Esses valores se normalizam em até 24h, como aparece na figura acima, mas ainda não se sabe o impacto tardio de episódios repetidos dessa carga de estresse renal.

Em modalidades com maratona e triatlo, é comum o atleta se medicar com antiinflamatórios com o objetivo de tolerar a dor do esforço ou evitar que uma lesão “atrapalhe” a prova. Essa estratégia não é recomendada e deve ser desaconselhada, pois os antiinflamatórios podem promover mais redução de fluxo sanguíneo renal já provocado por fatores mencionados acima, deixando esse atleta ainda mais exposto a uma falência renal aguda.

Portanto, para manter os rins saudáveis, é importante que o atleta faça a avaliação periódica da sua função e filtração renal com o seu médico do esporte ou clínico (com exames laboratoriais de sangue e urina); que evite uso de antiinflamatório durante situações de esforço extremo e/ou prolongado (exceto se recomendado e monitorado pelo seu médico); que mantenha uma hidratação ajustada (nem hiperhidratando e nem se desidratando) durante as provas.

Dra. Fernanda Lima
CRM: 62.333
@fefarlima
Reumatologista e Médica do Esporte da Clínica Move

Osteosarcopenia – massa óssea e massa magras baixas

Em uma pessoa saudável, músculos e ossos correspondem a 55% da massa corporal. Essa distribuição favorece uma postura adequada e uma boa mobilidade.

A osteosarcopenia é o nome dado pela combinação da baixa massa óssea e da massa magra (músculo). É uma condição de risco típica da população idosa.

Além da perda de massa óssea e muscular, a questão se agrava pois, nesse quadro, a gordura acaba infiltrando a medula óssea e as fibras musculares atrofiadas, mesmo em situações em que a obesidade não está presente. A gordura nesses tecidos é tóxica e afeta o funcionamento normal dos tecidos locais aonde ela se infiltra.

A síndrome decorrente da osteosarcopenia deixa o idoso em uma situação muito grande de fragilidade, aumentando risco de quedas, fraturas e perda da independência funcional e qualidade de vida. como mostra a figura que eu postei, que foi extraída do artigo. Já temos medicações muito eficazes para o tratamento da baixa massa óssea, mas …o mesmo não acontece para massa muscular, por isso é importante buscar estratégias que previnam a perda de massa magra.

Dra. Fernanda Lima
Reumatologista e Médica do Esporte da Clínica Move

 

Como é feito o tratamento não medicamentoso da fibromialgia?

A base do tratamento da fibromialgia são as medidas não medicamentosas, dentre elas:
1) Educação sobre a doença – é importante que o paciente e seus familiares saibam:
• Reconhecer os sinais e sintomas;
• Identificar os fatores de piora e melhora;
• A doença é benigna: não deforma, não afeta a função de órgãos internos, não coloca o paciente em risco de vida;
• A doença apresenta curso crônico não progressivo, com períodos de melhora e piora ao longo do tempo;
• A importância das medidas não medicamentosas.

2) Prática regular de atividade física, se possível associando:
• Exercícios aeróbios como a caminhada, bicicleta, natação, hidroginástica;
• Exercícios de fortalecimento muscular;
• Exercícios de flexibilidade;
• Exercícios neuromotores.

3) Psicoterapia, com ênfase para a terapia cognitivo-comportamental.

4) Higiene do sono.

Se você tem o diagnóstico de Fibromialgia, marque uma consulta com o reumatologista.

Dr. Henrique Ayres
Clínico Geral e Reumatologista da Clínica Move

Fatores de Riscos de Lesões na Corrida

Cada vez mais as pessoas buscam hábitos saudáveis de vida (melhorar a saúde, a qualidade do sono, reduzir a massa corporal, diminui risco de osteoporose e melhorar a aptidão física). Muitas delas escolhem a corrida como forma de exercício físico, por ser considerada uma atividade física de baixo custo e fácil de fazer porque não precisamos de um local específico, podemos correr na rua ou no parque.
No treinamento de corrida, o uso excessivo do membro inferior faz com que essa região se torne mais suscetível a lesões como:
• síndrome patelofemoral;
• síndrome do trato iliotibial;
• dor lombar;
• fratura por estresse e canelite (dor na canela);
• fasciite (dor na “sola” do pé).
Vários estudos foram realizados para determinar possíveis fatores de risco para lesões em corredores. Há dois tipos principais de fatores de risco de lesões musculoesqueléticas:
1- fatores intrínsecos (biomecânica, genu valgo, diferença de comprimento das pernas, sono, nutrição, idade, lesões prévias e gênero);

2- fatores extrínsecos (relacionados às características do treinamento ou equipamentos).
Para prevenir o aparecimento de lesões é importante realizar, previamente, uma avaliação biomecânica da corrida. Nessa avaliação o fisioterapeuta avalia e detecta alterações no gesto esportivo que podem estar associados as lesões ostemioarticulares. Dessa forma a correção auxilia no tratamento, previne novas lesões e otimiza a performance do atleta. Essa avaliação irá programar exercícios educativos para:
• evitar movimentos compensatórios;
• adequar o passo de corrida;
• ajustar o posicionamento do centro de gravidade (se o corpo está inclinado para frente; para trás, ou para um dos lados;
• minimizar o movimento excessivo dos quadris na hora de correr;
• orientar a posição do joelho e dos pés, entre outros tópicos.
A avaliação biomecânica da corrida é relevante não só para os praticantes de corrida, mas também para a correção da marcha para o dia a dia, e todas as outras modalidades que a corrida também faz parte como o futebol, handebol e basquete.

Bárbara Hossni Espinhel
Fisioterapeuta da Clínica Move

 

Tenho Lúpus, o que posso fazer?

6 dicas para quem tem Lúpus Eritematoso Sistêmico:

  1. Usar filtro solar;
  2. Nunca parar os medicamentos por conta própria;
  3. Manter a vacinação em dia, sob orientação médica;
  4. Se fizer uso de hidroxicloroquina, seguir adequadamente o acompanhamento com oftalmologista;
  5. Manter uma alimentação saudável;
  6. Praticar exercícios físicos, sob orientação do médico/educador físico/fisioterapeuta.

Dica extra: Procurar aprender sobre a doença é muito importante, pois é preciso saber quando é necessário buscar ajuda médica com rapidez. Alguns dos sinais de alarme no Lúpus são:

  • febre;
  • urina espumosa, alteração de exame de urina ou da função dos rins;
  • dores de cabeça que não respondem ao tratamento habitual ou crises convulsivas;
  • dores torácicas retroesternais que pioram com a inspiração ou tosse.

O autocuidado é um instrumento fundamental no tratamento das doenças autoimunes.

Cuidem-se e fiquem bem! =)

Dra. Carini Otsuzi
Reumatologista da Clínica Move

Outubro Rosa na MOVE

No mês de outubro, convidamos a todos a refletirem sobre a prevenção do câncer de mama, um dos mais incidentes no Brasil e do mundo. Com medidas relativamente simples, podemos reduzir em 28% a ocorrência dessa patologia, que conta com fatores genéticos importantes, mas também com fatores ambientais para seu desenvolvimento. Só em 2016, as estatísticas projetaram a ocorrência de 57.900 casos novos de câncer de mama.

Com relação ao estilo de vida, órgãos internacionais e nacionais recomendam que, para prevenir o câncer, deve-se

  • Manter peso saudável, pois o excesso de gordura corporal altera a função de vários hormônios, sobretudo na pós-menopausa
  • Atividade Física regular, para evitar o ganho de peso e melhorar o funcionamento do sistema imunológico. As recomendações mínimas são de pelo menos 30 minutos de exercício moderado por dia, ou de 150 minutos de atividade moderada ou 75 min de atividade vigorosa por semana.
  • Evitar bebidas ricas em açúcar e alimentos ricos em gordura
  • Consumir diariamente frutas, legumes e verduras e grãos integrais, ricos em fibras e compostos bioativos com ação antioxidante
  • Limitar o consumo de carne vermelha a 500g por semana e evitar os embutidos e carnes processadas (salame, mortadela, salsicha, bacon, etc) pois estes últimos têm muitos conservantes e sódio, os quais aumentam o risco de câncer
  • Evitar bebida alcoólica, de todos os tipos e de sal, reduzindo de 9g (consumo médio do brasileiro) para 5g o consumo de sal por dia, ou 2g de sódio.
  • Aleitamento materno, protege as mães e evita o ganho de peso dos bebês na vida adulta
  • Manter alimentação saudável após o tratamento
  • Vitaminas e minerais devem vir preferencialmente de uma dieta equilibrada e variadas a fim de atingir as necessidades nutricionais. Excesso de vitaminas e minerais na forma de suplementos podem aumentar o risco de determinados tipos de câncer
  • Fazer o auto cuidado das mamas e manter visitas regulares ao seu médico

Nós, da Clínica MOVE, podemos ajudá-lo a ter um estilo de vida mais saudável e também a auxiliá-la na alimentação e na prática segura de exercícios físicos antes, durante e após o tratamento.

 

Patrícia L.Campos-Ferraz
Nutricionista Clínica e Esportiva

Dia Mundial Sem Tabaco: Por que parar de fumar?

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O tabagismo é considerado pela Organização Mundial da Saúde como sendo a principal causa de morte evitável no mundo. Na fumaça do cigarro, encontram-se mais de 4700 substâncias tóxicas e estima-se que 47% dos homens e 12% das mulheres sejam fumantes mundialmente.
Nas primeiras horas sem fumar, já é possível observar redução da pressão arterial e frequência cardíaca e, com o tempo, os risco de doenças cardiovasculares e câncer causados pelo cigarro reduzem significativamente.
Há benefícios extraordinários: melhora da saúde, disposição, auto estima, vitalidade.
O auxílio médico é fundamental para que essa mudança seja efetiva e duradoura, aliado à prática de atividade física, aeróbia e de fortalecimento muscular.
Assim, deixar de fumar se torna mais fácil, e os benefícios na saúde e na qualidade de vida só aumentam.
Aproveite o Dia Mundial sem Tabaco e tome a iniciativa!
A Clínica Move pode ajudar você a parar de fumar!

Fonte: Dra. Daniele Bedin – Pneumologista da Clínica MOVE
e Portal Brasil

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