Crianças com Artrite devem fazer Exercícios Físicos

As crianças com artrite idiopática juvenil, lúpus eritematoso sistêmico juvenil, dermatomiosite juvenil, fibromialgia juvenil e outras dores difusas crônicas, muitas vezes são retiradas das aulas de Educação Física e são desencorajadas a fazerem exercícios físicos e esportes.

Os Pais e Professores tomam essa atitude, por acharem que a doença possa piorar ou por medo que as crianças se machuquem. Essa atitude acaba levando a um círculo vicioso onde a criança fica mais inativa, aumentam os riscos de obesidade, aumentam o nível de colesterol, a intolerância a glicose e principalmente isolamento social e depressão.

A prática de exercícios físicos e esportes são medidas terapêuticas de suma relevância, consideradas tratamento de primeira escolha e que devem ser prescritas assim que os pacientes saírem da fase aguda da doença.

Dessa forma, as prescrições de exercícios físicos para esses pacientes têm revelado um grande potencial terapêutico promovendo melhora das capacidades aeróbias e respiratórias, maior força muscular, massa óssea e equilíbrio, diminuição da porcentagem de gordura corporal, melhora do cansaço, qualidade de vida, sono e autoestima.

Dra. Ana Lucia de Sá Pinto
Pediatra e Médica do Exercício e Esporte
Clínica Move

Fatores determinantes para um envelhecimento satisfatório

Todos nós queremos envelhecer bem, mas o que é considerado envelhecimento saudável?

Consideramos o envelhecimento satisfatório quando envelhecemos com preservação de nossa independência física e intelectual, com ausência de depressão e manutenção de nossa função social.

Quais os fatores determinantes para um envelhecimento satisfatório?

  • Ter perspectivas e planos para futuro
  • Manter atividade continua (prática de atividade física regular, atividades socias, laborais e lazer)
  • Nivel educacional
  • Estabilidade financeira
  • Acesso a serviços de saúde

A população com melhor força muscular, melhor aptidão cardiorespiratória e maior velocidade de caminhada envelhecem de forma mais satisfatória, reforçando a importância da prática de atividade física.

Sabemos ainda que o impacto da atividade física regular vai além da preservação da capacidade funcional, também reduz o risco de eventos cardiovasculares, diabetes, dislipidemias, depressão, cancer, doenças osteoarticulares, demências entre outros.

Qual o papel do médico neste contexto?

O médico deverá  identificar facilitadores que deverão ser usados a favor do paciente. Por exemplo, se existe uma resistência muito grande do paciente em relação ao início da atividade física, mas identificamos que ele gosta de passear com o cachorro, podemos reforçar este hábito e acrescentar o uso de um acelerômetro (aparelho que conta o número de passos) construindo metas progressivas com o paciente. 

Enfim, cabe ao médico identificar as barreiras e tratá-las, identificar facilitadores e reforça-los e traçar plano de tratamento com metas claras e realistas em parceria com o paciente, monitorando constantemente e garantindo a aderência.

Dra. Milene Silva Ferreira
Fisiatra e Geriatra Clínica Move

O que devo saber sobre a minha tireóide?

A tireoide é um dos maiores órgãos endócrinos, pesando 15-20g em adultos e está localizada na parte anterior do pescoço. Ela é responsável pela produção e liberação de hormônios importantes para funcionalidade de diversos órgãos como: coração, intestino, músculos, cérebro e rins. Esses hormônios são produzidos a partir de moléculas de iodo e são denominados de T3 (triiodotironina) e o T4 (tiroxina).

As funções da tireoide:

  • crescimentoe desenvolvimento de crianças e adolescentes
  • controle do peso
  • memória e concentração
  • regulação dos ciclos menstruais e fertilidade
  • humor e controle emocional

O mau funcionamento da tireoide envolve a produção insuficiente dos seus hormônios, denominado Hipotireoidismo, ou em excesso, denominado Hipertireoidismo. Nessas duas situações, o volume da glândula pode aumentar, o que é conhecido como bócio.

A ocorrência do Hipotireoidismo aumenta com a idade, e é mais comum em mulheres que em homens. Os fatores de risco são:

  • histórico familiar de doença tireoidiana
  • presença de outra doença autoimune
  • uso de alguns fármacos
  • deficiência ou excesso de iodo na dieta.

A deficiência dos hormônios tireoidianos podem causar:

  • fadiga e sonolência
  • alteração de pele (seca e fria), enfraquecimento de unhas e cabelos
  • perda de memória e depressão
  • ganho de peso (aqui lembrando que o hipotireoidismo não é uma causa isolada de obesidade, mas pode contribuir para um ganho ou dificuldade de perda de peso)
  • dores musculares e articulares
  • diminuição da frequência dos batimentos cardíacos
  • constipação
  • alterações no colesterol

Algumas crianças podem nascer com hipotireoidismo e para detectá-lo, é realizado o chamado Teste do Pezinho, realizado entre o terceiro e quinto dia de vida do bebê.

No Hipertireoidismo ocorre o oposto, um excesso de produção hormonal levando ao aumento do metabolismo. Dessa forma, observamos:

  • emagrecimento
  • perda de massa óssea e muscular
  • palpitações e arritmias
  • tremores e fraqueza muscular
  • diarreia
  • agitação, irritabilidade, labilidade emocional
  • alterações oftalmológicas (exoftalmia)

Além de problemas na sua produção hormonal, pode ocorrer a presença de nódulos nesta glândula. Estima-se que 60% da população brasileira tenha nódulos na tireoide em algum momento da vida, no entanto, apenas 5% são malignos. O reconhecimento de um nódulo na tireoide pode salvar uma vida, por isso a palpação da glândula é fundamental.  

O iodo é essencial para o bom funcionamento da tireoide e sua ingesta deficiente ou excessiva pode causar disfunções tireoidianas. As recomendações de ingesta diária de iodo pela Organização Mundial de Saúde (OMS) são de 100-150 µg/dia para a população geral e 250 µg/dia para gestantes e lactantes. A solução de Lugol não deve ser prescrita com o objetivo de suplementar iodo em nenhuma situação. A solução de Lugol 5%, que é composta por iodeto de potássio (10%), iodo elementar inorgânico (5%) e água destilada, contem 2500 µg de iodo em cada gota, ou seja, mais que 10 vezes a recomendação da OMS.

Disfunções na tireoide podem aparecer em qualquer etapa da vida e podem ser diagnosticadas por meio de dosagens hormonais específicas e ultrassonografia. Fiquem atentos se apresentarem as alterações citadas acima. Para o diagnóstico e tratamento de doenças relacionadas à tireoide procure um Médico Endocrinologista.

Dra. Mirela Miranda
Médica Endocrinologista da Clínica Move

Exercício e câncer: teoria ou prática?

Neste ano, completo uma década treinando pacientes oncológicos. O conceito de atendimento que criei, baseado nas evidências científicas disponíveis da época, posteriormente nomeado Oncofitness, mostrou-se eficiente e seguro, transformando-se em sinônimo da rotina de exercícios realizada por pessoas com câncer. O que antes era tido como impossível, hoje é considerado uma ótima ferramenta de intervenção no manejo do câncer.

Os anos passaram e o treinamento evoluiu junto com a Ciência que o permeia. Entretanto, mesmo diante de tanta informação e relatos que atestam esta prática, ainda enfrento questionamentos básicos por parte de pacientes (o que é bem aceitável) e por profissionais da área de saúde (o que não deveria acontecer mais). Poderia respondê-las a partir de minhas experiências profissionais. Mas como tenho um compromisso com a Ciência, não me sinto a vontade em extrapolar os resultados obtidos nestes meus atendimentos para uma determinada população com câncer – para isso que existem os estudos científicos. E é neste sentido que vem o primeiro questionamento: “O que a Ciência nos mostra é teoria e tem pouco valor, o que vale mesmo é a prática. Duvido que um paciente oncológico seja capaz de realizar o que estes estudos propõem”.

É essencial entender, para contrapor esta ideia, como uma intervenção clínica é realizada. Os pacientes que participam das pesquisas são iguaizinhos a você. São selecionados da sociedade e padecem das mesmas limitações físicas, emocionais e de tempo que qualquer pessoa com câncer sofre. Eles são muitos (certos estudos contam com mais de mil), não são números fictícios e também não moram dentro do laboratório. Precisam pegar uma ou mais conduções para treinarem, cuidam dos filhos e netos, trabalham, cozinham e cuidam da casa, ficam cansados, tem depressão por causa da doença, sentem dores e apresentam inúmeras limitações físicas. Sim! A amostra de uma pesquisa clínica é composta por gente como a gente! E, além do mais, todas estas dificuldades são relatadas e passam por análises estatísticas para ratificar ou não a viabilidade e segurança desta intervenção em uma população com as mesmas características. 

Aqui também cabe uma explicação sobre outra controversa: a estatística. De maneira simples, no meio científico, para se legitimar uma intervenção é necessário que esta tenha um índice de sucesso maior que 95%. Quando lemos que o p do estudo foi de 0,03, significa que a probabilidade (p) da intervenção dar certo é de 97% (ou 3% de chance de dar errado) e, portanto, será aceita. Se o p for de 0,07 (chance de sucesso de 93%) esta intervenção será rejeitada – não poderá ser prescrita. Portanto, quando utilizamos a rigidez da Ciência na escolha do treinamento, temos a garantia que esta intervenção foi testada em uma população semelhante e que a chance de ela não ser efetiva é menor que 5%. Qual o índice de sucesso de uma experiência profissional pessoal quando extrapolada para uma população com as mesmas características? Ninguém sabe. 

Aliás, esta experiência profissional é ótima para “afinar os instrumentos” e deve ser valorizada. Com ela fica mais fácil identificar as expectativas do paciente e transmitir a confiança necessária para o êxito da intervenção. Facilita também adaptar o treinamento as limitações impostas pelo câncer. Quanto mais experiência o profissional carrega mais fácil será o ajuste do conhecimento científico às singularidades da pessoa com câncer. 

Uma coisa é certa, não dá para acreditar e difundir que não há prática na Ciência. Seguindo esta linha, no meu próximo texto comentarei sobre outra frase que é recorrente: “Os resultados das pesquisas sobre exercício e câncer foram obtidos por uma ínfima parcela da população com câncer que é capaz de treinar. Duvido que a maioria dos pacientes oncológicos seja capaz de realizar o que estes estudos propõem”.

Aconselho, para quem quer entender melhor os conceitos discutidos aqui, a leitura do livro “Ciência Picareta” de Bem Goldacre (Ed. Civilização Brasileira).

Até a próxima…
Prof. Rodrigo de Araujo Ferraz
Professor de Educação Física da Clínica Move

Suplementos de proteína em pó – Eles são efetivos e úteis, será que são de qualidade?

Suplementação de proteínas em pó tais como proteína do soro do leite ou proteínas vegetais desempenham um importante papel no ganho de massa magra e na adequação proteica de dietas vegetarianas, ou de atletas e idosos, por exemplo. Há bastante evidência científica sobre o tema, já. Mas apesar de eficazes, será que os suplementos de proteínas na forma de pó têm boa qualidade do ponto de vista toxicológico?

Para responder a essa pergunta, uma organização  americana sem fins lucrativos chamada “The Clean Label Project”,  que funciona de forma relativamente similar à nossa “Fundação Pró-Teste” fez uma pesquisa. Essa entidade compra marcas regulares de produtos no mercado e envia para testes em laboratórios externos idôneos, a fim de avaliar a qualidade nutricional x presença de vários tipos de contaminantes. Entre eles, metais pesados, como chumbo, cádmio, outras substâncias maléficas como arsênio, mercúrio, BPA e pesticidas.

Assim, foram testados cerca de 130 produtos americanos de proteína em pó tanto de origem animal quanto de origem estritamente vegetal (proteínas veganas), orgânicas ou não. Segundo a organização, 70% dos suplementos proteicos em pó testados apresentaram positividade para chumbo; dentre eles, os suplementos proteicos em pó com maior teor de metais pesados foram justamente as proteínas orgânicas, comparadas à proteína não orgânica.

Além disso, 55% das proteínas em pó testadas apresentaram teores de BPA maiores que o desejável, sendo que proteínas orgânicas apresentaram um teor de BPA 40% maior que seus pares não-orgânicos. O BPA é conhecido por estar presente em embalagens plásticas e causar tumores, defeitos congênitos e outros transtornos de desenvolvimento. Na avaliação geral dos testes, enquanto os pós proteicos a base de ovo apresentaram-se mais “limpos”,  seus pares derivados de plantas (plant-based) apresentaram uma qualidade proteica inferior e com o dobro de metais pesados.  Ainda comparando orgânicos com não orgânicos, chamou a  atenção o teor de chumbo e cádmio superior nos primeiros, comparados aos não orgânicos. Curiosamente, mas marcas mais comprometidas com esses resultados são exatamente três marcas americanas bem conhecidas por aqui, tais como a Garden of Life, Nature´s Best e Quest (passe o dedo para ver o ranking nas fotos).

info-grafico

Por fim, proteínas enriquecidas com cacau comparadas aos seus similares aromatizados com baunilha também apresentaram maior teor de metais pesados e a provável hipótese é a mesma descrita acima, o cacau teria a capacidade de absorver mais metais pesados do ambiente. Dessa forma, apesar da popularidade desses suplementos e dos seus benefícios já demonstrados pela Ciência, deve-se ter parcimônia e cuidado no seu consumo.

A interpretação dos resultados nos leva a pensar que plantas, como se sabe, tem maior capacidade de absorver os metais e outras substâncias químicas diretamente do meio ambiente, ao passo que ao consumirmos proteínas de origem anima, de alguma forma, esses elementos já devem ter sido depurados parcialmente, pelo menos. Aqui a ideia não é discutir dieta onívora ou vegetariana ou se o orgânico é melhor que o não orgânico, mas reforçar a ideia de que, na Nutrição, não existe alimento totalmente bom ou totalmente ruim, todos tem vantagens e desvantagens. Tudo depende do objetivo e do caso e um bom profissional de Nutrição deve saber pesar bem o custo-benefício de um alimento ou suplemento.

Patrícia L. Campos-Ferraz
Nutricionista da Clínica MOVE

Meu filho está crescendo adequadamente?

O crescimento do ser humano acontece em velocidades e ritmos diferentes durante as fases da vida, e para cada idade há uma faixa de normalidade e não uma altura ideal. Geralmente, os filhos atingem alturas semelhantes ao de seus pais, por isso cada criança tem um potencial de crescimento particular que deve ser reconhecido e respeitado.

O potencial genético de crescimento da criança é avaliado através do cálculo da estatura alvo, a partir da estatura dos pais. A estatura final pode variar 8cm pra mais ou para menos dessa altura alvo, denominado canal familiar.
Durante a vida uterina, a velocidade de crescimento varia de acordo com a idade gestacional. Doenças genéticas ou alterações ambientais e placentárias podem determinar restrições no crescimento intrauterino, levando ao nascimento de crianças pequenas para a idade gestacional; isso pode influenciar no crescimento pós-natal e na estatura final.

A partir do nascimento, o hormônio do crescimento, chamado GH (Grownth Hormone), passa a ter papel primordial no crescimento da criança. Nos primeiros 3 anos de vida elas tendem a apresentar crescimento variável com intuito de alcançar o percentil de crescimento do seu canal familiar, por isso é importante avaliar em qual percentil de crescimento a criança se encontra ao fim do 3o ano e se está compatível com o seu canal familiar.

No primeiro ano de vida as crianças crescem em média 25cm; no segundo, 12cm; no terceiro 8cm e após o 3o ano, ocorre uma redução gradual da velocidade de crescimento até atingir um patamar de 4 a 6cm ao ano. Quando a criança está prestes a entrar no estirão da puberdade pode haver uma desaceleração ainda maior do crescimento, causando apreensão dos pais. Na puberdade, a criança passa por um período de 2 anos de crescimento acelerado (8 a 12cm ao ano), chamado de estirão puberal. A idade óssea é o grande preditor de crescimento e deve ser avaliada sempre que houver dúvidas quanto ao crescimento e desenvolvimento. Após o estirão puberal a criança passa a crescer muito lentamente até atingir sua estatura final, que ocorre com a idade óssea de 16 anos nas meninas e de 18 anos nos meninos.

De um modo geral, deve-se investigar déficit de crescimento em casos de:

  • Crianças com estatura muito abaixo do esperado para idade e sexo (abaixo do percentil 2,5)
  • Crianças que apresentam queda no percentil da altura após os 3 anos de idade ou velocidade de crescimento muito abaixo do esperado para idade e sexo
  • Crianças com altura incompatível com o canal familiar.

Na maioria das vezes a baixa estatura ocorre devido seu canal familiar (pais baixos) ou por ter um crescimento mais lento (nesses casos a idade óssea também está atrasada e compatível com a estatura). Nessas situações, geralmente apenas se acompanha o crescimento, pois essas crianças atingirão sua estatura alvo. A garantia de uma alimentação variada e balanceada, sono em duração e horários adequados (mínimo 8 horas por noite), atividade física regular e exposição solar para produção de vitamina D são essenciais para o crescimento adequado das crianças.

Todas as crianças devem ser acompanhadas periodicamente quanto à sua curva de crescimento pelo pediatra. Os pais devem ficar atentos a sinais de alterações comportamentais, aparecimento precoce de caracteres sexuais ( Diversas doenças metabólicas e hormonais podem afetar o crescimento infantil como hipotireoidismo, obesidade, erros alimentares, puberdade precoce, síndromes genéticas, doenças crônicas e uso de medicações. O diagnóstico precoce possibilita um melhor resultado, e quando a investigação mostra que a baixa estatura resulta de alguma doença, ela deve ser tratada.

O tratamento consiste na correção das doenças de bases e na reposição do GH em casos selecionados. É sempre importante a avaliação do pediatra e de um endocrinologista na investigação e tratamento dessas crianças e adolescentes!

Dra. Mirela Miranda
Endocrinologista da Clínica Move

Workshops: Invista em Conhecimento

Aspectos Neurológicos Aplicados à Prática Ortopédica

Curso teórico-prático que abordará de forma funcional como o entendimento e aplicabilidade dos conceitos neurológicos influenciam de forma benéfica o tratamento dos pacientes com queixas musculoesqueléticas. O curso tem como foco mostrar como os aspectos de controle motor, deixados de lado no manejo de pacientes ortopédicos, possuem fundamental importância para a melhora destes pacientes.

Público – alvo: Fisioterapeutas, pós-graduandos e graduandos
Mínimo: 10 pessoas
Máximo: 20 pessoas

Programação

14/04 – Sábado

7h30 –  8h – Recepção
8h00 – 8h15 – Introdução
8h15 –  10h15 – Controle Motor Aplicado à ortopedia
10h15 – 10h30 – Pausa
10h30 – 12h30 – Controle Motor Aplicado à ortopedia
12h30 – 14h – Almoço
14h00 – 16h – Integração Sensorial e sua implicação terapêutica / aspectos do sistema somatos sensorial e a prática clínica
16h00 – 16h15 – Pausa
16h15 – 18h – Integração Sensorial e sua implicação terapêutica / aspectos do sistema vestibular e a prática clínica

15/04 – Domingo

8h00 10h – Abordagem neurológica na prática ortopédica: exercícios e conceitos
10h00 – 10h15 – Pausa
10h15 – 12h– Abordagem neurológica na prática ortopédica: exercícios e conceitos

Valor:
Público externo: R$400,00
Estudante (graduando/ pós-graduando) e colaboradores MOVE: R$320,00

Download informações do Curso
Inscrição:
Preencha o formulário abaixo.

 

Biomecânica Funcional Aplicada a Prática Clínica

Curso teórico-prático que abordará o conceito de funcionalidade e ajudará, através do melhor entendimento sobre os princípios biomecânicos e de controle motor, a construção do raciocínio clínico para a abordagem terapêutica na reabilitação de pacientes ortopédicos.

Público – alvo: Fisioterapeutas, pós-graduandos e graduandos. Educadores físicos que trabalhem com reabilitação.
Mínimo: 10 pessoas
Máximo: 20 pessoas

Programação

02/06 – Sábado

8h30 –  9h – Recepção
9h00 – 9h15 – Introdução
9h15 –  10h15 – Exercício Funcional: definindo os conceitos
10h15 – 12h00 – Exercício Funcional x Fortalecimento: o que a literatura nos mostra
12h00 – 13h30 – Almoço
13h30 – 15h30 – Biomecânica Funcional: entendendo a causa central
15h30 – 15h45 – Pausa
15h45 – 18h – Construindo a linha de raciocínio para criação de exercícios funcionais

03/06 – Domingo

8h00  10h – Prática Clínica: tronco
10h00 – 10h15 – Pausa
10h15 – 12h– Prática Clínica: MMSS
12h00 – 13h30– Almoço
13h30 – 15h30- 
Prática Clínica: MMII

Valor:

Público externo: R$400,00
Estudante (graduando/ pós-graduando) e colaboradores MOVE: R$320,00

Ministrante: Juliana Thomé Gasparin

Fisioterapeuta graduada pelo Centro Universitário São Camilo, especialista em Reeducação Funcional da Postura e Movimento pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP e mestranda pelo Programa de Neurociências e Comportamento do Instituto de Psicologia da USP. Atuou como supervisora responsável pelos ambulatórios de Neurologia, Reumatologia, Esporte, Urofuncional e Gastroenterologia dos cursos de especialização em fisioterapia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP, sendo responsável pelas atividades acadêmcas vinculadas aos seus ambulatórios e aos cursos de Reeducação Funcional da Postura e Movimento, Gerontologia e Saúde da Mulher. Também atuou como supervisora da Liga de Reeducação Funcional da Postura e Movimento do HCFMUSP. Atualmente trabalha com avaliação biomecânica funcional e atendimento clínico de pacientes com queixas musculoesqueléticas.

*Valor promocional para os dois workshops:

Público externo: R$600,00
Estudante (graduando/ pós-graduando) e colaboradores MOVE: R$500,00

Faça aqui o download das informações completas do Curso


Inscrição: 
Preencha o formulário abaixo

    Para que a inscrição seja efetuada é necessário preencher este formulário e enviar o comprovate do depóstio bancário para o e-mail: leo.maio@move.med.br. Caso seja estudante, anexar junto ao e-mail o comprovante:

    DADOS PARA O DEPÓSITO
    Apgar Serviços Médicos
    CPNJ: 01.804.612/0001-08
    Itaú | Agência: 0183 | Conta Corrente: 80461-6

    Nome Completo (obrigatório)

    CPF (Obrigatório)

    E-mail (obrigatório)

    Celular

    Incrição Para:

    Aspectos Neurológicos Aplicados à Prática OrtopédicaBiomecânica Funcional Aplicada a Prática ClínicaAmbos

    Nível de Estudo:

    Estudante (graduação) FisioterapiaEstudante (pós-graduação) FisioterapiaFisioterapeutaEducador FísicoEstudante (graduação) Educação FísicaEstudante (pós- graduação) Educação Física

    Descreva brevemente qual sua área de atuação e quais pacientes/caso costuma atender (idoso, adulto, atleta ...)

    Como ficou sabendo do Workshop?

    InstagramFacebookIndicaçãoOutros

     

     

     

     

     

    A obesidade e seus riscos para saúde

    A obesidade vem se tornando um problema de saúde púbica mundial. No Brasil, uma em cada cinco pessoas está acima do peso e a prevalência de obesidade passou de 11,8%, em 2006, para 18,9%, em 2016. O crescimento da obesidade veio acompanhado do aumento da prevalência de diabetes (5,5%, em 2006, para 8,9%, em 2016) e hipertensão (de 22,5% para 25,7%).

    O ganho de peso está relacionado a um desequilíbrio entre o consumo e gasto de calorias, levando a um acúmulo enérgico, principalmente na forma de gordura. Além dos conhecidos fatores ambientais como hábito alimentar e sedentarismo, os fatores genéticos relacionados à maior predisposição a lipogênese (acúmulo de gordura) e a menor lipólise (quebra de gordura) também têm grande influência. Sendo assim, a obesidade deve ser encarada como uma doença crônica, a qual requer um acompanhamento contínuo a longo prazo.

     A obesidade é uma doença que aumenta o risco de desenvolvimento de dezenas de outras doenças crônicas, que causam prejuízo à qualidade de vida dos pacientes, além de serem potencialmente fatais. As doenças correlacionadas mais conhecidas são diabetes mellitus, hipertensão arterial e doenças cardiovasculares. Além dessas, o excesso de peso pode levar doenças do sistema respiratório, do sistema digestório e osteomusculares, sendo, também, fator de risco para o desenvolvimento para alguns tipos de cânceres como de mama, endométrio, próstata e cólon.

    Com o crescimento da epidemia de obesidade, têm surgido diversas propostas de tratamentos para perda de peso; infelizmente, nem todas têm sua eficácia cientificamente comprovada e algumas podem inclusive trazer riscos à saúde dos pacientes. Tem se tornado evidente que medidas drásticas de perda de peso e abordagens estreitas para o tratamento da obesidade raramente são eficazes e que uma estratégia mais ampla e multidisciplinar baseada em pequenas mudanças de estilo de vida é mais viável para os pacientes, produzindo resultados mais consistentes.

    Baseados nas mais atuais evidências científicas, nós da clínica MOVE acreditamos que os cuidados multidisciplinares voltados para abordagens práticas para a mudança de estilo de vida em pequenos passos  podem ser um meio eficaz de tratamento para muitos pacientes que necessitam perder de peso. Por isso, oferecemos acompanhamento com um time de especialistas compostos por endocrinologistas, nutricionistas, educadores físicos e terapeuta comportamental, trazendo um conjunto único de habilidades para atender às necessidades do paciente.                Os médicos abordam problemas médicos que podem afetar a perda de peso e outras doenças associadas (diabetes, hipertensão…) além de ajudarem os pacientes a estabelecer suas metas, enquanto os nutricionistas ajudam os pacientes a aprenderem gradualmente a comer menos e a incorporar alimentos saudáveis ​​em suas dietas. Os educadores físicos ensinam formas práticas de inserir, de forma adequada, a atividade física no dia a dia e os terapeutas comportamentais ajudam os pacientes a se prepararem mentalmente para o processo de mudança de estilo de vida e abordam as barreiras à mudança.

    Com a atuação de todos os membros da equipe multidisciplinar aliados ao compromisso contínuo dos pacientes, traçamos objetivos práticos e, a pequenos passos, podemos chegar a grandes resultados no alcance da perda de peso saudável e duradoura.           

    Dra. Mirela Miranda
    Endocrinologista da Clínica Move

    Volta às aulas – O que levar de lanche?

    A volta às aulas sempre traz a necessidade de planejar o que mandar na lancheira dos filhos. A vida agitada de hoje requer alimentos práticos; porém, nem sempre o mais prático é o mais saudável.

    Muitos produtos comuns nos lanches dos pequenos na verdade são considerados alimentos ultraprocessados, ou seja, alimentos que lembram muito pouco o alimento de origem e que contém altas quantidades de açúcar, sal, conservantes, etc. Um bom exemplo disso é o suco de frutas “de caixinha”, ou as famosas bolachas recheadas, todos ricos em açúcar e calorias. Então, como escolher melhor esses itens sem deixar de lado a praticidade? Aqui vão alguns exemplos:

    No final de semana, reserve um tempo com seus filhos e faça com eles uma receita de cookies caseiros, que podem até ser feitos com farinha de trigo integral ou mistura de farinhas (amêndoa, coco, linhaça) para os que não toleram glúten. Geralmente, as crianças apreciam muito esse tempo com os pais e se divertem cozinhando seus próprios lanches. O mesmo vale para um bolo simples, que pode ser adicionado de fibras, de pedaços de chocolate amargo, aveia, nibs de coco etc. É possível achar muitas receitas interessantes na internet ou em livros de culinária. Essas preparações costumam durar alguns dias fora da geladeira e certamente serão melhores que qualquer produto industrializado similar.

    Uma outra dica para as bebidas é preparar suco natural de frutas (laranja, melão, morango) e levar em garrafinhas apropriadas.  Na falta de frutas, usar os sucos de fruta concentrados sem açúcar  (atenção: evite o néctar ou refresco, cheios de açúcar) ou polpas congeladas pode ser uma opção, com a vantagem de se controlar o tipo e a quantidade de açúcar utilizado. Açúcar demerara, orgânico, ou adoçantes naturais podem ser usados, a depender do caso.

    Há também nas lojas de produtos naturais e empórios uma linha de snacks saudáveis como chips de couve, de beterraba, de batata doce, que são feitos com menos sal e com vegetais liofilizados ou assados, o que mantém a crocância e conferem um valor nutricional superior.

    Por fim, frutas desidratadas e castanhas, nozes, sementes, podem ser interessantes em forma de mix. Outra opção seria enviar alguns queijos, ovo cozido, barras de proteínas ou de cereais caseiras.  Sobre esses dois últimos, é possível encontrar nessas lojas algumas marcas com poucos ingredientes, entretanto o preço ainda é alto. Vale a pena preparar essas receitas em casa. Enfim, com um pouco de criatividade e tempo, podemos melhorar a qualidade dos lanches das crianças e contribuir para a qualidade alimentar e a saúde dos nossos filhos.

    Profa. Dra. Patrícia Campos-Ferraz
    Nutricionista da Clínica MOVE

    A seguir uma receita para fazer com seus filhos

    Brownie

    • 200g purê de maçã
    • 250g cacau em pó
    • 3 ovos
    • ½  xic de açúcar demerara, mascavo ou orgânico (se necessário)
    • 1,5 xicara de farinha de trigo (aqui podemos colocar metade farinha branca e metade integral ou uma mistura em partes iguais de farinha de amêndoa + farinha de coco + farinha de linhaça)
    • 1 colher de sobremesa de fermento em pó

    Aquecer o forno a 180 graus.  Untar e enfarinhar uma forma retangular. Bater os ovos com açúcar até formar um creme.  Misturar à parte o cacau e o purê de maçã, depois juntá-los à mistura de açúcar e ovos.  Juntar a farinha e o fermento  à massa e misturar delicadamente, apenas para incorporar a farinha. Despejar a massa na forma untada e levar ao forno por 15 a 20 minutos.

    Retirar, deixar esfriar, cortar em pedaços pequenos e montar os lanches.

    “Crescimento sustentável” ou “desenvolvimento sustentável”

    Essas são expressões cada vez mais em moda nos últimos anos tanto no mundo corporativo como na nossa rotina pessoal.

    Significado: “O desenvolvimento que procura satisfazer as necessidades da geração atual, sem comprometer a capacidade das gerações futuras de satisfazerem as suas próprias necessidades, significa possibilitar que as pessoas, agora e no futuro, atinjam um nível satisfatório de desenvolvimento social e econômico e de realização humana e cultural, fazendo, ao mesmo tempo, um uso razoável dos recursos da terra e preservando as espécies e os habitats naturais” – Relatório Brundtland.

    Trazendo para a nossa realidade e para o contexto de praticantes de atividades físicas, vamos considerar nossos objetivos físicos como processos de “desenvolvimento sustentável”. É fato que a grande maioria de nós é movida a novos desafios, mas não custa nada lembrar que esses desafios são precedidos de muita dedicação, disciplina, conhecimento técnico e, porque não, humildade. Humildade sim, pois nem sempre reconhecemos nossos limites e traçamos objetivos que não são compatíveis com nossa capacidade atual.

    “Desenvolvimento sustentável” em atividade física é, na minha opinião, proporcionar condições para que nosso organismo evolua e acompanhe nossos objetivos físicos. Nosso corpo é uma “empresa” que, para crescer, precisa de capital (alimentação, sono, hidratação), infraestrutura (músculos fortes, ossos saudáveis, metabolismo físico e psíquico equilibrado), mão de obra qualificada (equipe multidisciplinar de treinamento) e uma excelência em gerenciamento (VOCÊ). Para que você tenha essa “empresa” sempre competitiva no mercado e gerando lucros, há a necessidade de planejamento e preocupação contínua nos conceitos acima.

    Posso fazer uma maratona ou um Ironman nesse ano? Minha rotina permite esse planejamento? Meu físico está pronto para receber essa carga de treinamento? Se não está, o que preciso fazer? Posso pular etapas? Tenho todos os fatores para obter esse “desenvolvimento sustentável”?

    Esse texto inicial serve como um incentivo para que conversemos mais, para que troquemos mais idéias e experiências (boas e ruins) e para que valorizemos nossa comunidade de praticantes de atividades físicas, corredores, ciclistas, nadadores, treinadores e profissionais parceiros (médicos, nutricionistas, fisioterapeutas, educadores físicos, massoterapeutas).

    Um abraço a todos.

    Alexandre Ferrari
    Fisioterapeuta formado pela USP em 1996
    Especialista em Fisiologia do Exercício pela UNIFESP em 2000
    Ex-atleta de voleibol, corredor amador há 30 anos, triatleta amador há 9 anos, Ironman finisher.

    Precisa de Ajuda?