Verão e férias de fim de ano: saúde é o que interessa

O verão chegou e com ele o período das férias de fim de ano. Surge então, uma janela de oportunidade para experimentar novas maneiras de se exercitar sem deixar de gastar as calorias desejadas. Para os que treinaram duro o ano inteiro, a hora é de sair um pouco da rotina e das obrigações. Já para os sedentários, o momento é de descobrir o prazer de se movimentar e usufruir dos benefícios gerados.

Na prática esportiva, temos a ideia que “quanto mais, melhor”. Ou seja, os maiores ganhos vêm com os maiores esforços e, por isso, no treino nunca pode haver folgas. Mas, vejamos: se os maiores beneficiados com uma capacidade física ótima são os atletas profissionais, porque eles são os que mais valorizam este período de férias? Existe algo positivo em dar um tempo para o nosso corpo? Eles tem razão, é nesse momento que nos recuperamos plenamente de todo o esforço feito ao longo de um ciclo de treinamento ou do ano, e o mais importante, deixamos uma reserva para ser explorada na próxima temporada. Dessa forma, conseguimos atingir um desempenho melhor no futuro, prevenindo lesões, baixa no rendimento e o tão temido overtraining.

Alguns podem alegar que esta é uma situação que deve se restringir aos atletas profissionais apenas. O problema está exatamente nesta afirmação: atualmente o número de pessoas que treinam sério, com altos volumes e intensidades, vêm aumentando muito. Estes são chamados de “profissionais atletas” e enfrentam, além da dura rotina de treinos e de competições, uma jornada estressante no trabalho e ainda arrumam tempo para gerenciar a família e a casa. Em algum momento este atleta precisa descansar. E por que não nas férias de verão?

É nela que costumamos viajar e conhecer novos lugares junto aos nossos familiares. Momento ótimo para introduzir o hábito da prática esportiva aos seus filhos e, quem sabe, ao seu cônjuge. Ideal para aproveitar a estrutura local e diversificar.  Por exemplo, se você é um corredor, pode muito bem dar uma pausa na corrida e nadar na piscina de sua pousada ou no mar. Ao invés de se preocupar em repetir sua rotina de musculação na academia do hotel, convide seus parentes a fazer uma desafiante trilha na mata.

Esta mesma ideia também deve ser explorada para quem for ficar em casa. Os parques são de graça e aquela academia de lutas ou estúdio de Pilates perto de sua casa pode lhe oferecer um plano especial de uma ou duas semanas de uso.  A ideia é não parar de se exercitar, mas criar alternativas esportivas e poder compartilha-las com sua família.

Para os sedentários, o momento é melhor ainda. Aproveite este tempo para criar uma rotina de treino com os exercícios que mais lhe agradam. Aproveite, por exemplo, a quadra de tênis da pousada, do parque público ou de seu condomínio. Quem sabe surge ai um novo Gustavo Kuerten? E aquela bike com pneus murchos jogada na garagem? Estamos precisando de ídolos brasileiros no ciclismo! Uma vez iniciada a prática de algum esporte, os benefícios serão imediatos e te animarão a continuar treinando quando as férias acabarem e o frio chegar. Aproveite também para contagiar seus parentes com este novo habito. Lembre-se que crianças com um amplo repertório motor tem menor chance de se tornarem adultos obesos. Você não estará mudando apenas o seu futuro, mas o de sua família!

Não se preocupe tanto com colorias gastas, aumento de massa magra, potencia gerada, ritmo por quilometro ou qualquer outra medida que todo atleta, ou melhor, todo profissional atleta busca ao longo da temporada. Curta este período sem neuras, gere novos estímulos e tenha a família sempre ao seu lado.

Abraços e até a próxima…

Obs. Sedentários: procure um médico antes iniciar qualquer prática esportiva.

Prof. Rodrigo Ferraz
Professor de Educação Clinica Move

O que é Lúpus?

Lúpus eritematoso sistêmico é uma doença inflamatória crônica e autoimune que pode acometer diversos órgãos e sistemas,  a pele e as articulações são os mais acometidos.

Possui etiologia complexa, multifatorial, envolvendo fatores ambientais, hormonais e infecciosos. A doença é mais frequente em mulheres entre 15 e 40 anos.

Os sintomas mais comuns são:

  • Febre, fadiga, dor e inchaço nas articulações
  • Lesões de pele que pioram ou surgem com a exposição solar e rash cutâneo (vermelhidão em face), lesões na boca e nariz
  • Dores de cabeça, alterações na urina entre outros sintomas

O diagnóstico consiste na análise de alterações clínicas e laboratoriais, juntamente com a presença de anticorpos detectados pelos exames de sangue.

O Lúpus tem tratamento, e hoje em dia com uso das medições, suporte clínico e seguimento regular com o médico reumatologista a possibilidade da doença entrar em remissão é muito grande.

Procure sempre um especialista para o acompanhamento.

 

Dra. Maria Ester Fonseca
Clínica Médica e Reumatologia
Clínica Move

Exercício é remédio – Mas qual é a dose certa?

O exercício físico tem sido preconizado como remédio pela American College of Sports Medicine por meio da campanha “Exercise is Medicine”.  Na verdade, com tantos benefícios que ele pode ocasionar desde a melhor disposição para execução das tarefas diárias, redução de fatores de risco para doenças cardiovasculares, como hipertensão, obesidade e dislipidemia até com benefícios comprovados no humor, podemos considerá-lo uma polipílula.

Mao que se entende por atividade física?

Podemos considerar atividade física, por definição, qualquer movimento corporal produzido pela musculatura e que tenha como resultado o gasto energético, como caminhar, lavar louça e subir escadas.

Qual a dose recomendada para obtenção dos inúmeros benefícios causados pela atividade física?

O American College of Sports Medicine e a American Heart Association, entidades especializadas em saúde do coração e medicina esportiva, recomendam a prática de atividade física aeróbica de moderada intensidade (caminhada, andar de bicicleta, nadar) por no mínimo 30 minutos, cinco vezes por semana, ou atividade aeróbica de maior intensidade (corrida, jogar tênis) por 20 minutos, três vezes por semana. Esses exercícios devem ainda ser complementados por exercícios que mantenham ou aumentem a força muscular duas vezes por semana.

Parece muito, não é? Mas essas atividades não precisam ser executadas de forma continua. Se você realizá-las em blocos de 10 minutos também serão válidas para que não seja considerado sedentário e para que obtenha benefícios.

Outras estratégias úteis são aquelas capazes de tornar o seu dia a dia mais ativo. Vários estudos demonstraram que o tempo que permanecemos sentados, independente de sermos pessoas ativas, também é prejudicial e relacionado a doenças como diabetes e hipertensão arterial. Medidas simples como usar mais as escadas no lugar do elevador ou das escadas rolantes, utilizar menos o carro para pequenas distâncias  e até mesmo levantar-se por alguns minutos a cada hora sentada já podem ser contabilizadas a seu favor.

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Com todos esses benefícios e conhecimento por que é tão difícil sair do sedentarismo?

O sedentarismo está presente entre 45,9% da população brasileira, segundo o ministério do esporte, em pesquisa realizada no ano de 2013, com mais de 8.000 participantes. Isso representa 67 milhões de pessoas. E o que mais impressiona é que a grande maioria que não pratica tem consciência dos riscos da vida sedentária. Apenas 16.9% não sabem dos riscos. Os motivos para não realização variam desde a falta de tempo até o simples fato de não gostar.

Mas por que isso acontece? Quando falamos de atividade física estamos falando de comportamento. Mudar comportamento e hábitos envolve além do  conhecimento. É preciso estar disposto para a realização das mudanças.

Esses dados não devem ser motivo para desistirmos. Para que as mudanças possam acontecer devemos ser persistentes e iniciá-las com metas possíveis de serem alcançadas.

Aos médicos cabem medidas simples, como a abordagem a cada consulta e a prescrição do exercício em receituário, conscientizando o seu paciente de que o exercício deve ser encarado como um tratamento.

Aos indivíduos cabe a conscientização de que pequenas mudanças no dia a dia podem determinar a saúde que se pretende estar com o passar dos anos: várias pílulas para tratar doenças ou uma polipílula capaz de evitá-las!

Dra Luciana Janot
Cardiologista

Broncoespasmo induzido pelo exercício. Saiba mais sobre esse limitador de perfomance.




Tosse, sensação de aperto no peito , falta de ar intensa no final de uma atividade física? Esses podem ser sintomas de broncoespasmo induzido pelo exercício.

Algumas pessoas apresentam esses sintomas respiratórios apenas após realização de atividade física, o chamado broncoespasmo induzida pelo exercício. Estudos mostram que 60% dos pacientes com esse diagnóstico não tem sintomas que sugerem asma e, em repouso, a função pulmonar está dentro da normalidade.

A atividade física provoca ressecamento das vias aéreas e diminuição da umidade do ar que é inalado, causando diminuição do calibre dos brônquios (broncoespasmo) responsável pelos sintomas como a tosse e falta de ar. Esportes praticados em ambientes de baixa temperatura a incidência do broncoespasmo é ainda maior.

O diagnóstico é feito pela avaliação da função pulmonar antes e após o esforço físico. A queda de mais de 20% da função pulmonar confirma o diagnóstico de broncoespasmo induzido pelo exercício.

O tratamento é feito através de medicações inalatórias que são responsáveis pela dilatação dos brônquios, prevenindo assim o broncoespasmo e sintomas como tosse, falta de ar e chiado no peito.

Procure um pneumologista e aumente sua performance no exercício físico.




Mulheres com câncer de mama se beneficiam do exercício durante e após o tratamento

Acaba de ser publicada importante revisão sistemática (meta-análise) que avalia a eficácia do exercício físico (EF) realizado por mulheres com câncer (CA) de mama durante ou após o tratamento em relação à fadiga e funcionalidade. Foram selecionados para esta análise 33 estudos, totalizado 3418 mulheres com CA de mama não metastático – submetidas a procedimentos cirúrgicos seguidos por radioterapia e/ou quimioterapia.
Os resultados apontam que nos grupos que treinaram durante ou após o tratamento as melhoras na fadiga e na funcionalidade foram significativas quando comparados aos grupos controles (sedentários). Sendo que, o grupo mais beneficiado foi o pós-tratamento. Segundo os autores, esta diferença de efeito do EF entre estes grupos se dá pela característica da terapêutica anticâncer que, na maioria das vezes, contribui para o aumento acentuado da fadiga e redução da funcionalidade do paciente. O EF nesta fase tem a função de manter estes desfechos nos níveis pré-tratamento e, uma vez encerrada a terapêutica, o EF é capaz de modifica-los. (ver gráficos com os valores do tamanho do efeito para cada situação avaliada em www.oncofitness.com)
Em outra análise realizada, não foram encontradas diferenças significativas que favoreçam determinado tipo de intervenção (modalidade) de EF (treinamento de força, aeróbico e combinado). Entretanto, os resultados indicam que a combinação de exercício aeróbico e treinamento de força parece ser a mais benéfica em pacientes com CA de mama, tanto durante quanto no pós-tratamento. Neste caso, há a necessidade de mais estudos.
Novas revisões científicas sobre este assunto são publicadas quase que diariamente, com números de estudos e pacientes avaliados cada vez maiores, potencializando ainda mais a extrapolação de seus resultados. Assim como o estudo apresentado, a conclusão é unanime: pacientes com CA de mama se beneficiam da realização do EF de forma regular e sistematizada durante e após o tratamento.

Até a próxima
Rodrigo Ferraz
Professor de Educação Física e Personal Trainer da Clínica MOVE

Dia Mundial Sem Tabaco: Por que parar de fumar?

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O tabagismo é considerado pela Organização Mundial da Saúde como sendo a principal causa de morte evitável no mundo. Na fumaça do cigarro, encontram-se mais de 4700 substâncias tóxicas e estima-se que 47% dos homens e 12% das mulheres sejam fumantes mundialmente.
Nas primeiras horas sem fumar, já é possível observar redução da pressão arterial e frequência cardíaca e, com o tempo, os risco de doenças cardiovasculares e câncer causados pelo cigarro reduzem significativamente.
Há benefícios extraordinários: melhora da saúde, disposição, auto estima, vitalidade.
O auxílio médico é fundamental para que essa mudança seja efetiva e duradoura, aliado à prática de atividade física, aeróbia e de fortalecimento muscular.
Assim, deixar de fumar se torna mais fácil, e os benefícios na saúde e na qualidade de vida só aumentam.
Aproveite o Dia Mundial sem Tabaco e tome a iniciativa!
A Clínica Move pode ajudar você a parar de fumar!

Fonte: Dra. Daniele Bedin – Pneumologista da Clínica MOVE
e Portal Brasil

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