10 atitudes saudáveis para perda e manutenção de peso

1. Fazer exercícios físicos regularmente. O aumento do gasto energético não ocorre apenas durante o momento em que o exercício está sendo feito, mas permanece mais elevado pelos próximos dois dias. Estudos mostram que, para prevenir o ganho de peso e favorecer a manutenção de peso, a realização de 150-200 minutos semanais de atividade física de intensidade moderada são suficientes. Para promover a perda de peso, seriam necessários de 225-420 min/semana de exercício de intensidade moderada.

2. Monitorar a alimentação. Faça um diário alimentar, leia os rótulos dos alimentos, observe ingredientes, a composição de macro e micronutrientes e a quantidade calórica da porção que vai consumir.

3. Monitorar o peso. Procure se pesar sempre nas mesmas condições (idealmente pela manhã, logo após acordar e esvaziar a bexiga).

4. Preparar refeições em casa. É importante tentar eliminar alimentos industrializados e fast food, usar menos gordura na preparação dos alimentos, aumentar a ingesta de legumes e verduras.

5. Beber água. Manter-se hidratado reduz a sensação de fome, aumenta a saciedade, e mantém o metabolismo em bom funcionamento.

6. Comer devagar e mastigar bem os alimentos. O ideal é mastigar o alimento de 20 a 30 vezes antes de degluti-lo. Isso melhora a saciedade, permitindo que o paciente se contente com menor quantidade de alimentos em cada refeição.

7. Tomar café da manhã diariamente. Estudos comprovaram que quem toma café da manhã diariamente tem maior chance de manter o peso perdido do que quem não toma.

8. Ter contato frequente e regular com seu médico e nutricionista, para rever os progressos, reavaliar condutas e corrigir erros.

9. Nunca se culpar por recaídas. Elas são normais e não significa falha do tratamento, mas sim um motivo a mais para voltar a se empenhar no tratamento.

10. Procure um médico endocrinologista para ajudá-lo nessas atitudes.

Dra. Mirela Miranda
Endocrinologista da Clínica Move

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O que aconteceria se eliminássemos a inatividade física do mundo?

Cerca de um terço da população mundial não faz atividade física regular. Como se sabe, a inatividade física é um dos principais fatores de risco para o desenvolvimento de diversas doenças, incluindo doenças cardiovasculares, obesidade e diabetes, demência e alguns tipos de câncer. Calcula-se que o custo anual da inatividade física para os sistemas de saúde gire em torno de 53,8 bilhões de dólares.

Então o que aconteceria se todas as pessoas do mundo passassem a fazer atividade física? Esta foi a pergunta que um estudo recentemente conduzido por um grupo de epidemiologistas americanos e publicado na Revista Britânica de Medicina do Esporte tentou responder. Por meio de um modelo estatístico denominado de fração atribuível populacional (FAP), os pesquisadores mediram quantas doenças poderiam ser evitadas e quantas pessoas deixariam de morrer se conseguíssemos eliminar a inatividade física do mundo.

Após análise das revisões mais recentes sobre o assunto, foi verificado que a prática regular de atividade física poderia evitar cerca de 7% de todas as mortes, em todo o mundo. Em números absolutos, estima-se que a inatividade física esteja diretamente ligada a quase 4 milhões de morte todos os anos. Além disso, 8,1% dos casos de demência, 7,2% dos casos de depressão, 7% dos casos de câncer de rim e estômago, e 5% dos casos de doença coronariana e AVC seriam evitados se transformássemos todas as pessoas inativas do mundo em fisicamente ativas.

Os resultados deste estudo enfatizam o impacto da inatividade física sobre as estimativas anuais de mortalidade e de surgimento de doenças crônicas não-transmissíveis, e indicam a necessidade de ações públicas internacionais coordenadas para a promoção da atividade física para o enfrentamento do fardo global de morbimortalidade.

 

Tiago Peçanha – Profissional de Educação Física. Pesquisador e Pós-doutorando do Departamento de Clínica Médica da Faculdade de Medicina da USP. Pós-doutorando no Research Institute for Sport and Exercise Sciences da Liverpool John Moores University, UK.

Contato: pecanhatiago@gmail.com
Twitter: https://twitter.com/tiagopecanha

15 tiros de 4 segundos de exercício fazem diferença na sua saúde?

Aparentemente sim! Nos últimos anos, uma modalidade de treinamento conhecido pela sigla H.I.I.T., de High Intensity Interval Training tem sido estudada no meio científica e difundida na população.
No entanto, ainda há dúvidas sobre a “dose” e o “intervalo” desse tipo de treino, em que a característica básica é um exercício intenso, explosivo, de curta duração, alternado com um período de repouso ou exercício leve, repetidas várias vezes em um bloco.

No entanto, o interessante estudo intitulado “Inertial Load Power Cycling Training Increases Muscle Mass and Aerobic Power in Older Adults” (Edward F and cols), que foi publicado recentemente na revista médica Medicine & Science in Sports & Exercise investigou o efeito de pedalar uma bicicleta ergométrica em alta intensidade, de forma explosiva, por alguns segundos na massa muscular e na função cardiovascular de adultos inativos entre 50-68 anos.

Antes de começar o estudo, os autores avaliaram a capacidade aeróbia, força muscular, rigidez de parede arterial e capacidade de realizar atividades de vida diária. Durante 8 semanas, esses indivíduos foram submetidos a 15 minutos de treino, 3 vezes na semana. O treino consistia em 15-30 repetições de pedaladas muito intensas que duravam 4 segundos, alternando com 56 segundos de descanso. Com a evolução dos treinos, o período de descanso foi diminuindo para até 26 segundos.

No final desse período, os autores observaram que os indivíduos estudados melhoraram a sua capacidade aeróbia em 10%, ganharam massa e força muscular em membros inferiores, reduziram a rigidez arterial e ainda melhoraram a execução das suas tarefas de vida diária.

Portanto, quando bem executado e com disciplina, 15 tiros de 4 segundos de exercício de alta intensidade, com 56 segundos de descanso, 3 vezes na semana, pode ser uma ferramenta importante para adultos inativos. Aquela desculpa de “não tenho tempo” não serve mais.

Abaixo o link do estudo citado:
https://journals.lww.com/acsm-msse/Abstract/9000/Inertial_Load_Power_Cycling_Training_Increases.96122.aspx

Dra. Fernanda R. Lima
Médica Reumatologista da Clínica Move

Como emagrecer comendo chocolate?

Parece até um sonho né galera? Mas sim, é possível! E gostaríamos muito que você pensasse com carinho sobre isso! 🍫🍫🍫

𝐌𝐚𝐬 𝐜𝐨𝐦𝐨 𝐚𝐬𝐬𝐢𝐦?
Para emagrecer, não tem mais segredos, falamos em todos os posts, você precisa comer menos calorias do que você gasta, ter uma alimentação natural, rica em antioxidantes e antiinflamatórios. Tá, mas o que o chocolate tem a ver com isso?

𝐓𝐮𝐝𝐨!
O chocolate rico em cacau (acima de 70%) é um alimento maravilhoso. Quando olhamos para o fruto cacau nos deparamos com riquíssimos compostos nutricionais, como a procianidina que ajuda no controle da glicemia, a theobromina que é um metabólito da cafeína, deixando você mais ativo para gastar mais energia, e as catequinas que agem diretamente na produção de calor do nosso corpo atráves de estímulos via PGC1alfa que resultam em biogênese mitocondrial, além é claro de ter um sabor delicioso. Nunca vimos uma pessoa sequer fazendo careta quando come chocolate 😊

Ah mas é muito calórico, 𝐯𝐨𝐮 𝐞𝐧𝐠𝐨𝐫𝐝𝐚𝐫!
Não estamos aqui falando para você comer uma barra de chocolate, e sim 2-4 quadradinhos de chocolate de qualidade, rico em cacau, acompanhado de um bom café, aproveitando o momento. Vinte gramas de chocolate 70% (4 quadradinhos, dependendo da marca) tem em média 120kcal, certamente encaixa em qualquer dieta de emagrecimento.

✅ Quer que o chocolate faça parte da sua dieta? 𝐌𝐚𝐫𝐪𝐮𝐞 𝐮𝐦𝐚 𝐜𝐨𝐧𝐬𝐮𝐥𝐭𝐚 com um de nossos nutricionistas e conte que leu esse post, que aí não vai ter erro, terá chocolate na sua vida.

Rafael Klosterhoff e Tiemi Saito
Nutricionistas da Clínica Move

Suplementação de Ácido Linoleico Conjugado

Os chamados Ácidos Linoleicos Conjugados (CLAs) são gorduras polinsaturadas encontradas naturalmente em fontes alimentares derivadas dos animais ruminantes, tais como leite de vaca, queijos, carnes, etc. Como o nome já diz, os CLAs têm como característica apresentar em suas cadeias duas duplas ligações conjugadas, que podem estar em diferentes geometrias (cis ou trans) e posições. Existem 28 isômeros identificados até o momento e os dois mais comuns são o 9,11 CLA ou ácido rumênico e o 10,12 CLA.

Os CLAs também podem ser obtidos sinteticamente através da hidrogenação de óleos de cártamo, girassol, de milho e de soja, porém, a proporção entre eles costuma ser próxima de 1:1, enquanto a forma natural de CLA possui 85% de 9,11 CLA e 10% de 10,12 CLA.

Umas das principais ações dos CLAs é reduzir a lipogênese e aumentar a lipólise em modelos animais e em culturas de células e, por isso, ganharam popularidade na indústria de nutracêuticos, no combate à pandemia de obesidade. Contudo, ele apresenta também outras supostas propriedades e hoje focaremos na sua possível ação antitumoral.

Algumas evidências apontam que o consumo de CLA reduz a incidência e a progressão de alguns tipos de câncer em humanos como, por exemplo, um estudo finlandês que mostra associação negativa entre consumo de leite e risco de câncer de cólon e de mama em mulheres, bem como um aumento na concentração de CLA plasmático. Outro estudo mostrou que sujeitos que consumiram 4 ou mais porções de laticínios por dia obtiveram menor risco de desenvolver câncer colorretal. A suplementação de 7.5g de CLA 10 dias antes da cirurgia de remoção tumoral também reduziu a proliferação de células tumorais.

Embora alguns estudos mostrem efeitos positivos da suplementação de CLA em câncer colorretal e mamário, esses efeitos não foram vistos em estudos populacionais realizados na França e nos Estados Unidos, o que torna imprescindível aumentar o número e a qualidade dos estudos sobre esse tema.
Até a próxima.

Dra. Patrícia Campos-Ferraz
Nutricionista da Clínica Move
@dra.patriciacamposferraz

Ref: Hartigh, Laura. Conjugated Linoleic Effects on Cancer, Obesity, and Atherosclerosis: A review of Pre-Clinic and Human Trials with Current Perspectives. Nutrients 2019, 11, 370; doi:10.3390/nu11020370 www.mdpi

Seis maneiras de prevenir a demência

A demência é um termo genérico que descreve os sintomas de um conjunto de doenças que causam diminuição progressiva da função mental, afetando a memória, a capacidade de raciocínio e o juízo de valores.
A demência ocorre normalmente em pessoas com mais de 65 anos, e estima-se que metade das pessoas com mais do que 85 anos tenham algum grau de demência. A Organiza Mundial da Saúde estima que existam no mundo cerca de 50 milhões de pessoas com diagnóstico de demência, e este número pode atingir 135 milhões em 2050.
Ainda não existe cura para a demência, mas a manutenção de bons hábitos de saúde pode reduzir os riscos do surgimento desta doença.

Aqui vão 6 dicas para prevenir a demência:

1) Faça atividade física: tente realizar pelo menos 150 minutos semanais de atividade física moderada a vigorosa.
2) Tenha uma boa noite de sono: tente dormir de 7 a 8 horas por noite, mantendo a regularidade nos horários de ir para a cama e levantar.
3) Não fume.
4) Mantenha os contatos sociais: interações sociais ajudam a estimular a cognição e a manter o cérebro ativo.
5) Reduza o consumo de álcool: evite bebidas alcoólicas e, quando for beber, não beba mais do que 2 drinks por dia.
6) Alimente-se bem: reduza o consumo de alimentos ultraprocessados e aumente o consumo de alimentos frescos.
A manutenção destes hábitos de saúde pode reduzir os riscos do surgimento de demência e também de outras doenças crônicas, tais como doenças cardiovasculares, diabetes e diversos tipos de cancer.

Atividade física também é para crianças!

Você sabia que a maioria das crianças e dos jovens DO MUNDO não chegam a 60 minutos diários de atividade física?
No Brasil são apenas 25%!!!
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O colégio Americano de Medicina Esportiva criou um conceito – a tríade da inatividade física:
– déficit de exercício
– redução de força por falta de uso
– analfabetismo físico
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Os benefícios da atividade física para crianças são inúmeros, como redução de obesidade, melhora da saúde óssea, da imunidade, da socialização, do trato intestinal, entre muitos outros.
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São estratégias para aumentar a prática entre os jovens:
– inovar;
– fazê-los descobrirem talentos;
– promover diversão e amizades;
– estabelecer sensação de pertencimento;
– ensinar movimentos, técnicas e habilidade;
– monitorar progresso.
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A geração atual está inserida num contexto de uso de telas, de tecnologias. Porém, fazê-los mais ativos hoje, trará benefícios para hoje mesmo, e ainda mais para o adulto que ele irá se tornar.

Fonte: Pediatric inactivity triad: A triple jeopardy for modern day youth. ACSM, 2020

Dra. Gisele Mendes Brito
Pediatra da Clínica Move

Tenho Lúpus, o que posso fazer?

6 dicas para quem tem Lúpus Eritematoso Sistêmico:

  1. Usar filtro solar;
  2. Nunca parar os medicamentos por conta própria;
  3. Manter a vacinação em dia, sob orientação médica;
  4. Se fizer uso de hidroxicloroquina, seguir adequadamente o acompanhamento com oftalmologista;
  5. Manter uma alimentação saudável;
  6. Praticar exercícios físicos, sob orientação do médico/educador físico/fisioterapeuta.

Dica extra: Procurar aprender sobre a doença é muito importante, pois é preciso saber quando é necessário buscar ajuda médica com rapidez. Alguns dos sinais de alarme no Lúpus são:

  • febre;
  • urina espumosa, alteração de exame de urina ou da função dos rins;
  • dores de cabeça que não respondem ao tratamento habitual ou crises convulsivas;
  • dores torácicas retroesternais que pioram com a inspiração ou tosse.

O autocuidado é um instrumento fundamental no tratamento das doenças autoimunes.

Cuidem-se e fiquem bem! =)

Dra. Carini Otsuzi
Reumatologista da Clínica Move

Guias para o retorno a prática de esportes olímpicos e paralímpicos

A Clinica Move parabeniza os Dra. Felipe Hardt e Marcelo Machado pela participação na elaboração dos guias para o retorno a prática de esportes olímpicos e paralímpicos. Confira os materiais abaixo:

  1. RETORNO ATIVIDADES CPB (Marcelo Machado): clique aqui
  2. GUIA PARA A PRÁTICA DE ESPORTES OLÍMPICOS NO CENÁRIO DA COVID-19 (Dr. Felipe Hardt): clique aqui

 

Bursite, ela é sempre a causa do problema?

Um diagnostico muito comum, mas muitas vezes é a consequência do problema!

A bursa é uma estrutura de membranas finas, normalmente com pequena ou nenhuma quantidade de líquido. Semelhante a uma bolsa, ela serve para proteger do atrito algumas partes do corpo, principalmente entre o osso e outra estrutura móvel, como tendão ou músculo. Elas de distribuem pelo corpo todo, principalmente no ombro e quadril, articulações bastante móveis. Mas será que a dor ou o problema vem somente da bursite?

Quando há um trauma em uma região com grande quantidade de bursa, como por exemplo uma queda batendo a lateral do quadril, a bursa aumenta de tamanho como um mecanismo de proteção, gerando uma inflamação com dor, calor, vermelhidão e aumento de volume. Nesse situação especifica  a dor e proveniente do aumento da bursa e a sua inflamação como a causa do problema e foco do tratamento. Além do trauma, algumas condições reumatológicas, infecciosas e metabólicas também podem causar inflamação aguda da bursa e ela ser também a causa do problema. O tratamento consiste em  anti-inflamatórios, analgésicos, fisioterapia cara diminuir a inflamação e eventualmente aspiração do conteúdo da Bursa  e infiltração de medicamentos.

No entanto, na maioria dos casos a bursa aumenta de tamanho por condições crônicas, não relacionadas a um trauma ou doença inflamatória. Isso quer dizer que o aumento da bursa pode ser consequência de um problema inicial!  Por exemplo, uma sobrecarga postural durante o trabalho ou mesmo um atleta fazendo um gesto esportivo inadequado pode levar a uma bursite. Quando a bursa aumenta de tamanho em condições crônicas, normalmente o tendão já está inflamado também. Nesse caso, medidas anti-inflamatórias ou aspirações/infiltrações podem ser necessárias para ajudar no processo de reabilitação, mas o foco do tratamento consiste em entender o mecanismo de movimento que causou a sobrecarga naquela estrutura e a potencial lesão que está por trás do aumento da bursa. Se for uma alteração na postura ou no gesto esportivo, esses movimentos precisam ser corrigidos.

 

Portanto, entender qual o mecanismo de lesão e os fatores de risco associados é a chave do tratamento! Assim, podemos tratar a causa e não somente a consequência, conseguindo melhores resultados e fazendo com que as infiltrações ou qualquer outro procedimento médico que seja proposto tenha melhores resultados.

 

Dr Marcelo Machado Arantes

Médico do Esporte. Tratamento de Dor

CRM SP 159433

 

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