Transtornos alimentares em Crianças e Adolescentes

Uma revisão sistemática e metanálise publicada recentemente de 32 estudos, com 63.181 participantes de 16 países diferentes revelou que 22% das crianças e adolescentes apresentam transtornos alimentares. A porcentagem foi ainda maior entre as meninas adolescentes e aquelas com maior índice de massa corpórea.

·         O que estamos fazendo para que as refeições entre familiares e amigos, um momento que deveria ser de prazer e afeto, deixe de ter esse papel?

·         O que estamos fazendo durante as consultas médicas pediátricas para não conseguir orientar os nossos pacientes em relação à importância de uma dieta equilibrada e para tirar o medo que eles têm de ingerir determinados alimentos, como os carboidratos?

·         Por que não conseguimos mostrar para eles que não tem importância comer um doce ou alguma outra coisa gostosa quando estamos com vontade e que não é errado fazer isso?

·         Por que algumas vezes não conseguimos explicar para os pacientes que participam de treinamentos esportivos que, por terem mais músculos, muitas vezes pesam mais que seus amigos que não treinam?

·         Por que não conseguimos ajudá-los a construir uma boa relação com seus corpos, respeitando a individualidade e deixando claro que não tem tamanho, tipo ou peso ideal?

Nós, profissionais da área da saúde, temos uma grande responsabilidade em esclarecer aos nossos pacientes vários conceitos errados que eles nos trazem. É importante abordar todas essas questões durante a consulta para desmistificar padrões de comportamentos e ajudá-los a crescerem e se desenvolverem saudáveis e com mais liberdade.

 

Fonte: JAMA Pediatrics. DOI: 10.1001/jamapediatrics.2022.5848.

 

Dra. Ana Lucia de Sá Pinto

Pediatra e Médica do Exercício e esporte da Clínica Move

A corrida aumenta a chance de ter Osteoartrite (artrose) de joelho?

Especula-se que correr possa aumentar o risco de desgaste na cartilagem dos joelhos em função de uma carga maior nas articulações do que caminhar ou ficar em pé. Esse desgaste é conhecido como Osteoartrite (OA) ou Artrose.  No entanto, quando avaliamos as evidências científicas mais recentes, não há nada que embase essa teoria.

Como exemplo, um novo estudo, liderado pelo Dr. Mattew J. Hartwell, cirurgião ortopédico da Universidade da California, apresentado no Congresso Anual de 2023 da Academia Americana de Cirurgiões Ortopédicos (AAOS) trouxe mais luz sobre esse tópico. Nesse novo estudo, os pesquisadores entrevistaram 3.804 corredores que participaram da Maratona de Chicago em 2019 ou 2021 sobre seu histórico de corrida, quilometragem média por semana e ritmo médio de corrida. A pesquisa também perguntou sobre fatores de risco conhecidos para OA, incluindo IMC, histórico familiar de artrite e lesões anteriores no joelho e no quadril que impediram a corrida. Os corredores tinham, em média, cerca de 44 anos e corriam por volta de 45km por semana. Os participantes do estudo tinham em média 15 anos de experiência em corrida.

O estudo concluiu que a quilometragem, frequência e ritmo da corrida não estão associados a um risco aumentado de osteoartrite de joelho. Os corredores que tinham histórico de cirurgia no joelho ou quadril ou ainda, que tinham lesões prévias no quadril ou no joelho que impediam a corrida tinham mais probabilidade de ter OA.  Outros fatores associados ao risco de OA foi o de histórico familiar de OA, índice de massa corporal (IMC) mais alto e idade mais avançada.

Segundo o Dr. Hartwell, “Não pode haver, necessariamente, uma relação dose-resposta em que quanto mais você corre, mais degrada seu joelho ou quadril”. Em outras palavras, o volume de corrida por si só não é um determinante de risco para OA.

É óbvio que ainda são necessários mais estudos para refinar melhor o conhecimento sobre esse tópico e tentar agrupar melhor os corredores com mais risco futuro. No entanto, mais uma vez, é importante reforçar que já há evidências científicas abundantes mostrando que a prática regular de exercício físico previne e trata inúmeras doenças.  Portanto, temos que ter cuidado com matérias que induzam o leitor a achar que é melhor ele ficar sedentário, pois, do contrário, ele vai se lesionar. O exercício regular e bem dosado, afinal, é remédio.

Dra. Fernanda Rodrigues Lima
CRM: 62.333
@‌fefarlima
Reumatologista e Médica do Esporte da Clínica Move

A dieta vegetariana interfere no crescimento das crianças?

O número de pessoas interessadas nesse tipo de dieta vem aumentando, e com isso várias perguntas aparecem com relação à adoção dessa dieta pelas crianças. Será que pode ocorrer alguma deficiência nutricional, ou até mesmo o comprometimento do crescimento?

Primeiro vamos lembrar o conceito do vegetarianismo (podem ser incluídos na dieta ovos, leite e derivados) e veganismo (nenhuma proteína de origem animal, e nem mesmo o mel que é um carboidrato de origem animal).
Até agora os estudos publicados apresentaram resultados conflitantes com relação a essas dietas, ou seja, alguns mostraram que a dieta vegetariana interfere de forma negativa no crescimento, e outros mostraram que não tem interferência negativa. Alguns estudos mostraram deficiências nutricionais, como falta de ferro, zinco, vitamina B e proteínas nessas crianças e adolescentes, o que com certeza traria um comprometimento no crescimento e desenvolvimento.

Um artigo publicado esse ano em uma revista americana conceituada (Pediatrics) mostrou alguns resultados interessantes. Os autores acompanharam 8.907 crianças entre 6 meses à 8 anos de idade, incluindo 248 vegetarianas no período de 2008 a 2019. As crianças com doenças crônicas e história de alterações no crescimento foram excluídas. As crianças vegetarianas:

• não tiveram valores baixos de ferro e vitamina D no sangue;
• não tiveram sobrepeso e obesidade;
• tiveram mais baixo peso que as crianças não vegetarianas;
• não apresentaram alterações na velocidade de crescimento;
• não apresentaram alterações clínicas e laboratoriais.

São necessários mais estudos sobre esse tema, uma vez que, cada vez mais as crianças não querem se alimentar de proteínas de origem animal, e os pais e os responsáveis por elas sempre têm duvida com relação à possibilidade dessa dieta.

Importante discutir esse assunto com o pediatra, e junto com a nutricionista adequar individualmente o aporte de calorias e nutrientes para cada criança levando em consideração as diferentes fases de crescimento e grau de atividade física. Dessa forma, conseguimos garantir um crescimento e desenvolvimento saudável para elas.

Dra. Ana Lucia de Sá Pinto
Pediatra e Médica do Exercício e Esporte da Clínica Move

Perda de Condicionamento Físcio Após Infecção Por Covid

Está com a sensação de ter perdido o seu condicionamento físico abruptamente após uma gripe por COVID? Então, nesse caso é importante diferenciar esse status de fadiga pós-esforço de um COVID longo ou de uma recuperação mais arrastada de uma infecção por COVID.

Um estudo realizado em 2021 (doi: 10.1016/j.eclinm.2021.101019) com pacientes que tiveram COVID, mostrou que 89% dos participantes que evoluiu com COVID longa apresentou um quadro chamado de Post-Exertional malaise (PEM), que é um mal-estar e fadiga pós-esforço, que acontece após realizar exercícios físicos e/ou mentais leves. O PEM pode ocorrer de 12 a 48 horas após a atividade e pode levar até 2 semanas para as pessoas se recuperarem completamente.

Os mecanismos possíveis desta fadiga e intolerância ao exercício no COVID longo são: (1) desautonomia (uma desregulação do sistema nervoso autônomo) e (2) “sequestro” viral das mitocôndrias das células, o que leva um importante déficit de produção de energia.

No entanto, o primeiro passo para o tratamento é diferenciar entre um quadro de COVID Longo e uma recuperação mais demorada de uma infecção por COVID-19.

Muitos dos pacientes deste último grupo ainda apresentam sintomas 4 semanas após a primeira infecção. Eles ainda se sentem cansados para atividades do dia a dia e para retomar o condicionamento físico que tinham antes; apresentam a memória e atenção deficientes; queda de cabelo e ainda dificuldade para dormir.

O conselho de condicionamento físico é simples para esse grupo de pessoas: vá com calma no início e aumente gradualmente a quantidade e a intensidade do exercício aeróbico e do treinamento de força. Ter paciência pois a recuperação é mais lenta, mas ela virá.

Agora, para o primeiro grupo, o de COVID longa, o processo tem que ser ainda lento. Esses pacientes ainda estão muito sintomáticos após 3 a 4 meses da infecção viral. A fadiga é importante, o paciente sente palpitação com esforços mínimos e as queixas cognitivas são muito marcantes (doi: 10.1097/PHM.0000000000001910)
Idealmente, esse grupo de pacientes deve ter um plano de condicionamento supervisionado por um profissional treinado em reabilitação cardíaca, pulmonar e/ou autonômica – um tipo especializado de terapia destinada a ressincronizar o sistema nervoso autônomo que governa a respiração e outras funções involuntárias. A progressão deve ser muito lenta e o volume de treino aplicado por sessão muito menor. Novas frentes de estudo estão sendo realizadas e em breve teremos novos protocolos para ajudar esses pacientes.

Dra. Fernanda Lima
CRM: 62.333
@fefarlima
Reumatologista e Médica do Esporte da Clínica Move

Esporte e função renal: o que o atleta precisa saber para cuidar melhor da sua saúde renal.

Os rins são órgãos extremamente importantes, mas também muito negligenciados. Eles têm a função de excretar o excesso de água e metabólitos do organismo, de ajustar o pH, contribuindo para a manutenção da nossa homeostase e regulação da nossa pressão arterial. Eles são responsáveis pela excreção de metabólitos como creatinina e ácido úrico, bem como medicamentos e produtos químicos ingeridos no dia a dia.

Os rins também secretam hormônios, como a eritropoetina e a vitamina D, que também participam em inúmeras funções no organismo. Portanto, é inquestionável a importância de se preservar a saúde desse órgão.
Os esportes de endurance desafiam muito a função renal. Durante o exercício, a perfusão sanguínea é desviada para os músculos em ação. Esse “roubo sanguíneo” leva a uma redução do fluxo para os rins. Os glomérulos (unidades funcionais nos rins) ficam mais permeáveis e há um aumento da perda de hemoglobina e proteínas pela urina. No conjunto, essas alterações levam a uma situação de hipóxia (ou baixa oxigenação) para as células renais, aumentando o risco de lesão tecidual local.

Em treinos e provas longas, o atleta fica sob risco de se desidratar, o que piora mais ainda o fluxo renal já reduzido.
Adiciona-se ao que foi descrito acima, em situações de desgaste extremo, pode ocorrer uma situação chamada rabdomiólise, que é uma quebra maciça de fibras musculares. A rabdomiólise leva a um acúmulo de mioglobina (proteína muscular) nos rins, contribuindo com uma imensa sobrecarga para um órgão que, nessa situação de exercício intenso e prolongado, já está trabalhando no seu limite.

Um estudo prévio com maratonistas publicada na revista médica Nefrology (DOI 10.1111/j.1440-1797.2010.01354.x) mostrou que até 40% dos participantes apresentam uma creatinina aumentada, compatíveis com insuficiência renal aguda, no final de uma prova! Esses valores se normalizam em até 24h, como aparece na figura acima, mas ainda não se sabe o impacto tardio de episódios repetidos dessa carga de estresse renal.

Em modalidades com maratona e triatlo, é comum o atleta se medicar com antiinflamatórios com o objetivo de tolerar a dor do esforço ou evitar que uma lesão “atrapalhe” a prova. Essa estratégia não é recomendada e deve ser desaconselhada, pois os antiinflamatórios podem promover mais redução de fluxo sanguíneo renal já provocado por fatores mencionados acima, deixando esse atleta ainda mais exposto a uma falência renal aguda.

Portanto, para manter os rins saudáveis, é importante que o atleta faça a avaliação periódica da sua função e filtração renal com o seu médico do esporte ou clínico (com exames laboratoriais de sangue e urina); que evite uso de antiinflamatório durante situações de esforço extremo e/ou prolongado (exceto se recomendado e monitorado pelo seu médico); que mantenha uma hidratação ajustada (nem hiperhidratando e nem se desidratando) durante as provas.

Dra. Fernanda Lima
CRM: 62.333
@fefarlima
Reumatologista e Médica do Esporte da Clínica Move

Dicas de lanches para crianças

As aulas já iniciaram, mas o dever de casa para elaborar o lanche escolar, de forma saudável, é dos pais. A alimentação correta é sempre um motivo de dúvidas e preocupações, já que as crianças nem sempre sabem escolher o que comer.

Sendo assim, unir a praticidade do dia a dia (que todos queremos!) com qualidade da alimentação dos filhos, é um grande desafio. Muitas vezes a criança tem dificuldade em aceitar o que foi colocado na lancheira, preferindo alimentos que sabemos não ser muito saudáveis se consumidos com frequência.

Diante disso, é importante oferecer uma alimentação variada, balanceada e colorida, que garanta o fornecimento de energia com todos os nutrientes necessários para um crescimento e desenvolvimento saudável. A escolha desses alimentos contribuirá diretamente com seu aprendizado e desempenho escolar.

O ideal é que o lanche contenha carboidratos para fornecer energia, lácteos que tem proteínas, frutas ou legumes, responsáveis pelas vitaminas, fibras e minerais, além de uma bebida para hidratação.

Pensando nisso, que tal começar a preparar a lancheira das crianças em casa, com alimentos gostosos e nutritivos?
Confira a seguir algumas dicas que podem ajudar no preparo desses lanches saudáveis para escola.

1. Frutas picadas
2. Cookies caseiros
3. Suco natural
4. Smoothie de fruta
5. Iogurte natural
6. Chips de batata doce
7. Palitinhos de vegetais
8. Bolo de banana integral
9. Mini sanduíches naturais
10. Cupcake saudável
11. Frutas picadas
12. Cookies caseiros
13. Suco natural
14. Smoothie de fruta
15. Iogurte natural
16. Chips de batata doce
17. Palitinhos de vegetais
18. Bolo de banana integral
19. Mini sanduíches naturais
20. Cupcake saudável

Mayara Ferrari
CRN: 3 /28.843
@mayaraferrarinutri
Nutricionista da Clínica Move

Prevenção de lesões esportivas em atletas mirins

Vários artigos científicos demonstram que atletas mirins e adolescentes que sofrem lesões na infância têm a tendência de largar o esporte antes da idade adulta.

Mas o que pode levar a essas lesões?

– Quanto mais precoce a especialização esportiva (escolha de apenas um esporte para treino de alto rendimento), maior risco de lesão. A prática de mais de um esporte na infância ajuda a criança a desenvolver habilidades motoras e neuromusculares, além de estimular o raciocínio para toda vida.

– Desalinhamentos musculares e desequilíbrios na aterrissagem do atleta após salto com apoio monopodálico (de um pé) estão relacionados a lesões principalmente nos joelhos.

Como prevenir lesões esportivas?

– Programas de prevenção de lesão como o FIFA 11+ que associam exercícios de treino de força, saltos, equilíbrio e flexibilidade ajudam a prevenir entre 28 e 80% das lesões principalmente em joelhos e tornozelos.

– Ter 2 dias de recuperação por semana previnem lesão, assim como uma boa noite de sono. Estudos demonstram que os adolescentes devem dormir pelo menos 8,5 a 9,5 h por noite o que também melhora a saúde, o comportamento, a capacidade de aprendizado e atenção, além da melhora na performance do atleta.

Baseado no consenso do Comitê Olímpico Internacional publicado em 2015 no Br J Sports Med. ( “International Olympic Committee consensus statement on youth athletic development”)

Dra. Karina Levy @karinalevyortopdoesporte

Ortopedista e Médica do Esporte da Clínica Move

Saúde cardiovascular após contaminação por COVID-19

O impacto da COVID-19 na saúde cardiovascular é alvo de diversos estudos, entre eles o publicado pelo Journal of Development Research, que buscou descrever o grau de lesão miocárdica associada aos pacientes contaminados pelo vírus.

Foi constatado que a doença causa aumento no risco de aparecimento ou agravamento de doenças do sistema cardiovascular.

O especialista em Cardiologia pela Sociedade Brasileira de Cardiologia e em Estimulação Cardíaca Artificial pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Cardiovascular, Roberto Yano foi um dos responsáveis pela pesquisa.

Segundo ele, em divulgação do estudo, os casos mais graves da infecção geram uma possibilidade maior de sequelas cardiovasculares, como insuficiência cardíaca, infarto e Acidente Vascular Cerebral (AVC).

O acometimento de lesão miocárdica é prevalente, entre os pacientes com COVID-19 e está associado a agravamentos posteriores no sistema cardiovascular.

A miocardite aguda também foi relacionada durante o estudo como uma das complicações mais associadas à doença.
Se você teve Covid-19 procure um médico para orientá-lo ao retorno das atividades físicas ou treinamento esportivo.

Dra. Marina Cecchini – Psicóloga da Clínica Move
Dra. Ana Lucia de Sá Pinto – Pediatra e Médica do Exercício e Esporte da Clínica Move

Estatinas e dores musculares

Não é incomum ouvirmos que as estatinas (remédios para abaixar o colesterol) são causadoras de dores musculares. Muitas vezes, até mesmo colegas da área de saúde, médicos e não médicos as citam como vilãs. Na área de exercício e esporte, dores musculares, cãimbras e lesões são problemas que nenhum atleta gostaria de ter como efeito colateral de uma medicação.

Pois é, apesar de toda essa crença, recentemente, trabalho realizado com pacientes que haviam interrompido o uso das estatinas por queixas musculares, demonstrou que não houve diferença entre as queixas referidas por eles entre os momentos que usaram placebo e o momento que usaram estatina (nesse estudo – atorvastatina 20mg). O interessante desse estudo foi que os pacientes fizeram vários ciclos aleatórios, de 2 meses de duração, da medicação ou placebo.

Esses achados levantam a questão do efeito nocebo, onde a expectativa pelos efeitos colaterais faz com que os pacientes atribuam suas queixas de dores musculares ao uso das estatinas.

Ora, cai-se por terra que as estatinas não causam sintomas musculares? Não, não cai, essas queixas podem ocorrer, mas não são regra e casos que exigem interrupção da medicação a minoria.

Se você usa a medicação é porque ela está indicada como benéfica ao seu perfil de risco cardiovascular. É para lhe proteger. Por isso:

– Não interrompa a medicação por conta própria. Converse com seu médico caso acredite estar com sintomas que possam estar associados aos efeitos colaterais das estatinas. Ele traçará com você o melhor caminho e lhe dará opções

– Não esqueça de seguir sua planilha, com aumento de volume e intensidade compatíveis com a fase que você se encontra de treinamento, descanse, hidrate-se, alimente-se adequadamente. Todos esses fatores, se não seguidos, podem desencadear dores musculares, lesões e cãimbras.

Ref Errett E et al BMJ 2021;372:n135 | doi: 10.1136/bmj.n135

Dra. Luciana Janot
Cardiologista da Clínica Move

Como é feito o tratamento não medicamentoso da fibromialgia?

A base do tratamento da fibromialgia são as medidas não medicamentosas, dentre elas:
1) Educação sobre a doença – é importante que o paciente e seus familiares saibam:
• Reconhecer os sinais e sintomas;
• Identificar os fatores de piora e melhora;
• A doença é benigna: não deforma, não afeta a função de órgãos internos, não coloca o paciente em risco de vida;
• A doença apresenta curso crônico não progressivo, com períodos de melhora e piora ao longo do tempo;
• A importância das medidas não medicamentosas.

2) Prática regular de atividade física, se possível associando:
• Exercícios aeróbios como a caminhada, bicicleta, natação, hidroginástica;
• Exercícios de fortalecimento muscular;
• Exercícios de flexibilidade;
• Exercícios neuromotores.

3) Psicoterapia, com ênfase para a terapia cognitivo-comportamental.

4) Higiene do sono.

Se você tem o diagnóstico de Fibromialgia, marque uma consulta com o reumatologista.

Dr. Henrique Ayres
Clínico Geral e Reumatologista da Clínica Move

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