Existe como treinar a atenção dos atletas recreativos e profissionais?

A atenção é uma das capacidades cognitivas e ela pode ser treinada.

Existem 4 tipos Essenciais de Atenções  que podem afetar a performance ou mesmo aumentar os riscos de lesões  ostemioarticular em atletas recreativos ou competitivos.

São elas:

Atenção Sustentada

Capacidade de manter a atenção durante a atividade continua. Exemplo: o atleta estar focado durante toda a explicação tática do técnico.

 

Atenção Seletiva

Possibilita realizar uma tarefa na presença de estímulos distratores. Exemplo: o atleta não se distrai com informações irrelevantes,  como a torcida.

 

Atenção Dividida

Capacidade de dividir o foco em estímulos simultâneos. Exemplo: o atleta presta atenção em mais de uma  informação, como um atacante driblando o adversário e procurando um parceiro para fazer o passe.

 

Atenção Alternada

Permite executar tarefas que exijam mudanças rápidas no repertorio de respostas. Exemplo: um jogador de vôlei prestando atenção ora nas jogadas do adversário, ora nos passes do seu time.

 

É evidente que para trabalhar com cada um dos aspectos apresentados relacionados com a atenção em uma determinada situação tempos que considerar o modo como cada atleta lida, e, assim, um panorama geral cognitivo é um diferencial para determinar exercícios mais direcionados e adequados. Existem métodos para esta avaliação da cognição e, particularmente, da atenção,  assim, conseguimos verificar se ela está diminuída ou adequada. Depois da avalição os  exercícios são propostos para aumentar a atenção, o e consequentemente melhorar a performance e diminuir o risco de lesões.

Dra. Marina Cecchini – Psicóloga da Clínica Move @marina_cecchini_psicologa

Dra. Ana Lucia de Sá Pinto – Pediatra e Médica do Exercício e Esporte da Clínica Move @analuciadesapinto

Osteoporose

A osteoporose é uma doença que se caracteriza pela redução da massa óssea e deterioração da qualidade do tecido ósseo, levando à fragilidade do osso e maior risco de fraturas após mínimo trauma. Estima-se que 30% das mulheres e 20% dos homens acima de 50 anos terão fratura por osteoporose ao longo da vida.

É conhecida por ser uma doença silenciosa, que não causa sintomas até que ocorra uma fratura.  Os locais mais comuns de fratura são: vértebra, fêmur, antebraço, úmero e costela.

A presença de uma fratura osteoporótica aumenta o risco de novas fraturas, inclusive do fêmur. Além disso, confere também maior risco de mortalidade. A fratura de fêmur é responsável por 12% de mortalidade em 3 meses e 50% em 1 ano. 31% dos pacientes ficam restritos ao leito e até 50% ficam com alguma dependência física.

O diagnóstico é feito pelo exame de densitometria óssea, que mede a massa óssea, e pela presença de fatores clínicos de risco. Destes, os principais são: idade avançada, baixo peso, história de fratura prévia, raça branca ou asiática, história familiar de fratura, menopausa precoce (antes dos 45 anos), uso de anticonvulsivantes e corticosteroides, tabagismo, alcoolismo, sedentarismo, imobilização prolongada, dieta pobre em cálcio, deficiência de vitamina D e concomitância de doenças que induzem perda óssea (doença celíaca, hiperparatiroidismo, hipertireoidismo, mieloma múltiplo, etc).

Mulheres com 65 anos ou mais, homens acima de 70 anos ou pessoas mais jovens mas que tenham algum desses fatores de risco mencionados acima devem fazer uma densitometria óssea e ser avaliados por um médico.

O médico reumatologista é o especialista indicado para o diagnóstico e acompanhamento dos pacientes com osteoporose. O diagnóstico e tratamento precoces são fundamentais para evitar a fratura.

 

Dr. Diogo Domiciano

Clínico Geral e Reumatologista da Clínica Move

Hipotireoidismo: o que é, fatores de risco e sintomas

O hipotireoidismo é a doença mais comum da tireoide e resulta da produção deficiente dos hormônios tireoidianos. Isso leva a lentificação dos processos metabólicos, que pode acarretar redução da performance física e mental do adulto. Apesar de poder acometer qualquer pessoa, é mais comum em mulheres e sua ocorrência aumenta com a idade.

A principal causa do hipotireoidismo é uma doença autoimune que afeta a tireoide, denominada Tireoidite de Hashimoto. Outras causas incluem o tratamento com iodo radioativo ou cirurgia da tireoide e causas mais raras como problemas na hipófise.

Os sintomas incluem: cansaço excessivo, sonolência, intestino preso, menstruação irregular, falhas de memória, depressão, dores musculares, pele seca, queda de cabelo, ganho de peso (de 2-4 kg), intolerância ao frio.
Esses sintomas não são exclusivos do hipotireoidismo, por isso a suspeita clínica deve ser confirmada com a dosagem de T4 livre (que estará baixo) e TSH (que estará alto).

Pessoas com hipotireoidismo leve podem não ter qualquer sintoma e atualmente a maioria dos pacientes com hipotireoidismo é diagnosticada com sintomas leves ou assintomáticos, através de exames de rotina.

Os principais fatores de risco para hipotireoidismo são: idade acima de 60 anos, histórico familiar de hipotireoidismo, histórico pessoal de doença autoimune, histórico pessoal de alterações na tireoide (cirurgia, radiação, tratamento para hipertireoidismo, tireoidite), síndrome de down e síndrome de Turner, presença de bócio, uso de algumas medicações como amiodarona e interferon.

A American Thyroid Association recomenda que a função tireoidiana seja avaliada pelo menos 1x a cada 5 anos em pacientes acima de 35 anos e naqueles com fatores de risco.

Se você apresenta algum dos sintomas descritos acima e/ou se possui algum fator de risco para desenvolver hipotireoidismo, converse com seu médico, procure um endocrinologista.
Importante: A biotina, muito utilizada para melhora dos cabelos e fâneros, pode alterar falsamente os exames da tireoide, se você colheu exames em uso de biotina, comunique seu médico, se ainda vai colher os exames, suspenda o uso 3 dias antes da coleta.

Dra. Mirela Miranda
Endocrinologista da Clínica Move

Fraturas Vertebrais por Osteoporose no Brasil

• A osteoporose causa fragilidade dos ossos e aumenta o risco de fraturas. Esse tipo de fratura pode trazer dor, internação, necessidade de procedimentos cirúrgicos, incapacidade física e causa aumento do risco de morte.

• O estudo São Paulo Ageing & Health (SPAH), realizado na Faculdade de Medicina da USP, acompanha uma população de quase 1000 idosos > 65 anos residentes na comunidade do Butantã, em São Paulo, desde 2005.

• Nesse estudo, parte da minha tese de doutorado, verificamos a incidência e os principais fatores de risco para fratura vertebral radiográfica. 707 idosos (449 mulheres e 258 homens) foram avaliados com radiografias de coluna obtidas no início do estudo e após um seguimento médio de 4,3 anos.

• Este foi o primeiro estudo de base populacional a demonstrar a elevada frequência de fratura vertebral em idosos latinos americanos (40,3/1.000 pessoas-ano em mulheres e 30,6/1.000 em homens).

• Idade, fratura anterior, baixa massa óssea na densitometria e taxa de remodelação óssea aumentada foram os principais fatores de risco para fratura vertebral em idosos brasileiros
Esses dados são fundamentais para conhecermos a realidade da osteoporose na nossa população e pensarmos em estratégias de prevenção de fraturas.

Dr. Diogo Domiciano
Clínico Geral e Reumatologista da Clínica Move

Domiciano DS, Machado LG, Lopes JB, Figueiredo CP, Caparbo VF, Takayama L, Oliveira RM, Menezes PR, Pereira RM. Incidence and risk factors for osteoporotic vertebral fracture in low-income community-dwelling elderly: a population-based prospective cohort study in Brazil. The São Paulo Ageing & Health (SPAH) Study. Osteoporos Int. 2014;25(12):2805-15. doi: 10.1007/s00198-014-2821-3).

Precisa de Ajuda?