Cada vez mais as pessoas buscam hábitos saudáveis de vida (melhorar a saúde, a qualidade do sono, reduzir a massa corporal, diminui risco de osteoporose e melhorar a aptidão física). Muitas delas escolhem a corrida como forma de exercício físico, por ser considerada uma atividade física de baixo custo e fácil de fazer porque não precisamos de um local específico, podemos correr na rua ou no parque.
No treinamento de corrida, o uso excessivo do membro inferior faz com que essa região se torne mais suscetível a lesões como:
• síndrome patelofemoral;
• síndrome do trato iliotibial;
• dor lombar;
• fratura por estresse e canelite (dor na canela);
• fasciite (dor na “sola” do pé).
Vários estudos foram realizados para determinar possíveis fatores de risco para lesões em corredores. Há dois tipos principais de fatores de risco de lesões musculoesqueléticas:
1- fatores intrínsecos (biomecânica, genu valgo, diferença de comprimento das pernas, sono, nutrição, idade, lesões prévias e gênero);
2- fatores extrínsecos (relacionados às características do treinamento ou equipamentos).
Para prevenir o aparecimento de lesões é importante realizar, previamente, uma avaliação biomecânica da corrida. Nessa avaliação o fisioterapeuta avalia e detecta alterações no gesto esportivo que podem estar associados as lesões ostemioarticulares. Dessa forma a correção auxilia no tratamento, previne novas lesões e otimiza a performance do atleta. Essa avaliação irá programar exercícios educativos para:
• evitar movimentos compensatórios;
• adequar o passo de corrida;
• ajustar o posicionamento do centro de gravidade (se o corpo está inclinado para frente; para trás, ou para um dos lados;
• minimizar o movimento excessivo dos quadris na hora de correr;
• orientar a posição do joelho e dos pés, entre outros tópicos.
A avaliação biomecânica da corrida é relevante não só para os praticantes de corrida, mas também para a correção da marcha para o dia a dia, e todas as outras modalidades que a corrida também faz parte como o futebol, handebol e basquete.
Bárbara Hossni Espinhel
Fisioterapeuta da Clínica Move