Qual é melhor: tapioca ou pão?

Vamos aos números, segundo a TBCA:

📍 50g de pão francês possui: 4.9g de proteína, 1.1g de lipídeos, 30.8g de carboidratos e 150KCal.
📍50g de tapioca possui: 0.2g de proteína, 0.0g de lipídeos, 36g de carboidrato e 144Kcal.

Nutricionalmente falando, a maior diferença entre eles é que um contém glúten e o outro não. Sendo assim, a tapioca é uma opção para quem é celíaco (intolerante ao glúten).
Se você não é celíaco, não precisa trocar seu pão pela tapioca.

“Mas nutri, sem glúten não é melhor?”
Não. O glúten não é vilão, o glúten não “dá barriga”, o glúten não deve ser eliminado e essa resposta só mudará se você for celíaco. Aceite.

Vale ressaltar aqui que nenhum alimento ou nutriente tem poder de engordar ou emagrecer. O que “engorda mais” é você consumir mais calorias do que você gasta.

Portanto, se você ama seu pãozinho francês pela manhã, coma! Saiba fazer suas escolhas e não fique sofrendo por enganações fitness que te colocam na cabeça. Procure um nutri de verdade e deixe de lado as “informações” vindas de meios nutris!

Em um planejamento alimentar individualizado, periodizado, com quantidades e qualidades alimentares adequadas, o pão pode estar dentro do plano com certeza, dependendo da estratégia combinada com seu nutricionista!

Rafael Klosterhoff
Nutricionista da Clínica Move
@kiakahanutricao

 

Quando poderei voltar a praticar o meu esporte?

Você já deve ter perguntado para algum médico ou fisioterapeuta: “Quando poderei voltar a jogar, correr ou a praticar o meu esporte?” Provavelmente, sim!!! Posso afirmar que essa resposta não é nada fácil de ser respondida. Ai, você pensa… Lá vem ele falar de um monte de informação e me confundir mais do que ajudar. Realmente, por ser uma resposta complexa temos muitos fatores envolvidos.

Em 2016 em uma conferencia mundial de reabilitação reuniram-se vários pesquisadores da área e criaram um consenso sobre essa decisão. https://bjsm.bmj.com/content/bjsports/50/14/853.full.pdf

Nós estamos longe de ter todas as respostas, mas, já estamos organizando critérios claros para organizarmos o seu retorno. E a palavra “CRITÉRIO” é chave nessa decisão. Quando criamos critérios precisos conseguimos que o esportista e o atleta tenham noção em que fase estão e onde querem chegar.

Vamos agora entrar em um ambiente mais técnico da decisão de retorno ao esporte. Muitas vezes a mídia ou nos mesmos nos perguntamos em quanto tempo vamos voltar, e a melhor resposta é “ DEPENDE”. Depende literalmente de você:

  • Qual o nível de condicionamento você está no momento da lesão?
  • Qual o nível você está no momento da reabilitação?
  • Qual o nível você deseja participar nos esportes?

Esse mesmo consenso traz algumas imagens interessantes para entender que retornar ao esporte é uma fase intermediaria a voltar a ter resultados. Para o médico/fisioterapeuta, para o atleta/esportista e para o treinador retornar pode ter diferentes significados. Você pode querer apenas jogar uma bola de qualquer jeito no final de semana, mas você também pode querer jogar bola e perder peso, melhorar sua força, condicionamento ou até mesmo sua técnica.

Retornar em um menor tempo parece traduzir que o tratamento foi excelente, pode até ser. Mas hoje em dia temos que verificar se ao longo daquela temporada, que você esta voltando, você teve ou terá outras intercorrências que possam estar associadas a lesão inicial. E essa última dúvida tem uma resposta simples, “SIM” lesões novas ou “relesões” estão associadas as lesões prévias e a reabilitação moderna e de qualidade tenta relacionar tudo isso e minimizar a causa base ou inicial.

Por isso, retornar ao seu esporte para mim, e para a Medicina do Esporte, é aquele momento onde temos a convicção de que você esta apto a desempenhar seu esporte de maneira segura, com menor riscos possível,  e se você  treinar, se alimentar e descansar adequadamente em pouco tempo seus resultados virão. Boa sorte e bons treinos!

 

Dr. Felipe Hardt

Medico do Exercício e Esporte da Clínica Move

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