Diabetes: Pacientes com diabetes, especialmente os com mau controle glicêmico, encontram-se no grupo de risco de maior gravidade. A hiperglicemia crônica prejudica o funcionamento adequado do sistema imunológico e leva a um estado pró-inflamatório que predispõe a maior gravidade da doença. Não há motivo para pânico, mantenha seu tratamento, faça controle rigoroso da glicemia e contate seu endocrinologista para ajustes no tratamento.
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Obesidade: Também está associada a maior gravidade. O tecido adiposo é produtor de substâncias pró-inflamatórias que podem estar relacionadas a uma resposta exacerbada à infecção pelo vírus. Se você já está em tratamento, mantenha-o e contato com seu endocrinologista para estabelecer boas estratégias de manter a perda de peso durante a pandemia. Se ainda não está em tratamento, não espere até o fim da pandemia para buscar acompanhamento. Diversos médicos estão atendendo com todas as medidas de segurança e até via telemedicina.
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Tireoide: Pacientes com hipo ou hipertireoidismo em tratamento adequado e bom controle hormonal não estão no grupo de risco. Apesar da Doença de Hashimoto e Doença de Graves serem doenças autoimunes, elas não prejudicam a resposta do corpo à infecção pelo vírus. Os pacientes que fazem uso de medicações para o hipertireoidismo devem comunicar imediatamente seu médico em caso de febre, pois em casos muito raros essas medicações podem diminuir o número de células de defesa (leucócitos). Nódulos tireoidianos não comprometem em nada a imunidade e a resposta do corpo à infecção. Pacientes em tratamento, devem manter suas medicações e manter contato com seu endocrinologista para acompanhamento do tratamento.
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Insuficiência adrenal: Pacientes com insuficiência adrenal, independente da causa, devem manter sua reposição hormonal de glicocorticoide. Por se tratar de uma dose de reposição fisiológica, ou seja, doses de corticoides próximas da produção diária de cortisol pelas adrenais, não compromete sua imunidade e não deve, sob hipótese alguma, ser interrompida. Em caso de infecção, a dose de estresse deve ser administrada conforme orientação do seu endocrinologista.
Em caso de dúvidas, contate o endocrinologista.
Dra. Mirela Miranda
Médica Endocrinologista da Clínica Move