É importante fazer Exercício Físico depois da Cirurgia Bariátrica!

Já sabemos que o número de pessoas com obesidade vem aumentando nos últimos anos. O tecido adiposo produz células que induzem a inflamação, e com isso aumenta o risco de doenças cardiovasculares.  Além disso, esses pacientes apresentam uma dificuldade em colocar o açúcar dentro das células, levando ao diabetes.

Hoje em dia, a cirurgia bariátrica é considerada um importante tratamento para os pacientes que não conseguem uma perda significativa do peso corporal com o tratamento medicamentoso e mudança no estilo de vida.

Após 12 meses da cirurgia bariátrica, os pacientes podem ter seu peso corporal reduzido em até 40%.  No entanto, a perda de peso não é apenas de tecido adiposo, ocorre também uma importante redução tanto da massa muscular, como da massa óssea.  Depois de alguns anos é comum o reganho de peso, fazer com os pacientes não voltem a ganhar peso é um grande desafio para os profissionais da área da saúde. A perda de massa muscular talvez possa contribuir para o ganho de peso desses pacientes, uma vez que o músculo é responsável por uma parcela significativa de gasto energético em repouso.

Em vista disso, a nossa equipe de pesquisadores do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, estudou o efeito dos exercícios físicos em grupo de mulheres após três meses da cirurgia bariátrica. Um grupo não realizou exercícios físicos, e o outro grupo participou de um programa de exercícios de força muscular e aeróbios, três vezes por semana por seis meses.

Após três meses da cirurgia, todas as pacientes apresentaram grandes melhoras em fatores de risco como a função dos vasos, inflamação e resistência à insulina. Entretanto, após o período do programa de treinamento, o grupo que não realizou exercícios apresentou importante redução desses benefícios, mesmo mantendo a perda de peso. Algumas pacientes chegaram a apresentar valores de exames similares aos do período anterior à cirurgia, por outro lado, as pacientes que estavam fazendo exercícios físicos mantiveram os exames nos valores normais.  

Dessa forma, esse estudo mostrou a importância do exercício físico – uma ferramenta não farmacológica – depois da cirurgia bariátrica, para prevenir a perda dos benefícios que se têm com a cirurgia.

Infelizmente alguns adolescentes -pelo elevado peso corporal- precisam ser submetidos à cirurgia bariátrica. Após os excelentes resultados conseguidos com a prescrição de exercícios físicos depois da cirurgia bariátrica em adultos, nós começaremos a estudar o efeito do exercício físico em adolescentes após a cirurgia bariátrica, e estamos certos que teremos muito sucesso nos resultados.

            Procure o seu médico para saber o momento exato para iniciar os exercícios físicos após a cirurgia bariátrica.

Dra. Ana Lucia de Sá Pinto

Pediatra e Médica do Exercício e Esporte da Clínica Move

Palestra Equilíbrio e Mobilidade

EQUILÍBRIO E MOBILIDADE

Palestra com o Professor Vinicius Ferreira
Data: 22 de Setembro
20 vagas

A Royal Cycle é a Primeira Escola Profissional de Ciclismo do País. Desde 2015 conta com professores ciclistas profissionais e educadores físicos.

O aumento da cultura da bicicleta nas ciclovias e ciclofaixas de São Paulo fez com que a busca do aprendizado para andar de bicicleta aumentasse. Foi assim que o Professor Vinicius Ferreira resolveu criar um método de ensino prático para ciclistas iniciantes e intermediários, a Royal Cycle.

No dia 22 de Setembro teremos na Clínica Move a palestra “Equilíbrio e Mobilidade” com o Professor Vinicius Ferreira e após a palestra faremos uma aula prática no Parque do Ibirapuera. Para participar basta preencher o formulário abaixo. 

Temos somente 20 vagas!

Inscrição: Preencha o formulário abaixo

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O que é a Sindrome da banda iliotibial?

A banda iliotibial é uma faixa espessa de fáscia que atravessa a articulação do quadril e se estende distalmente para se inserir no tendão da patela, tíbia e bíceps femoral. Ela é formada pela junção das fibras musculares do tensor da fáscia lata, glúteo médio e glúteo máximo ao nível do trocanter maior do fêmur (face lateral da coxa).

A Síndrome da Banda Iliotibial é uma lesão comum no joelho, principalmente em corredores e ciclistas. Seu sintoma mais comum é a dor lateral no joelho, mas o paciente também pode ter dor na região do quadril. Ela acomete tanto os atletas recreativos como os competitivos.

Quando o indivíduo realiza repetidas vezes a flexo-extensão do joelho entre 20 a 30 graus, ocorre um atrito entre a banda e o côndilo lateral do fêmur, ou entre a banda e a porção distal do joelho. Esse atrito leva a inflamação e consequentemente dor no local. A dor pode ser tão intensa, que muitas vezes o paciente não consegue manter as atividades físicas ou esportivas, e é preciso suspende-las.

Durante a reabilitação é importante a participação ativa do paciente na modificação de suas atividades e treinamento durante o período agudo da lesão.

A maioria dos pacientes respondem bem ao tratamento conservador. A fisioterapia é direcionada para:

  • reeducação do gesto esportivo
  • redução da inflamação (gelo e aparelhos de fisioterapia)
  • melhora da flexibilidade do músculos do quadril e coxa
  • liberação miofascial da banda ilitibial e glúteo médio
  • fortalecimento dos estabilizadores do quadril
  • modificações no treinamento

Se você está com a Síndrome da Banda Iliotibial procure um fisioterapeuta para orientar a sua reabilitação, e fazer com que você volte aos treinamentos esportivos o mais rápido possível.

 

Paulo Marques

Fisioterapeuta da Clínica Move

A importância de se ter um médico de confiança para a sua longevidade

Um estudo publicado em maio deste ano mostra que a relação entre médicos e pacientes é muito mais importante do que se pensava. Apesar de estudos anteriores já  terem apontado benefícios em se manter o mesmo médico por tempo longo, nesta nova pesquisa os cientistas revisaram vários estudos e concluíram que o cuidado médico contínuo também pode salvar vidas.

A continuidade de cuidados é definido pelo contato repetido entre o paciente e o mesmo médico. Esse contato repetido dá aos pacientes e médicos a oportunidade de compreender melhor  as particularidades  e prioridades de cada um e está associado com o aumento da satisfação do paciente, melhora na aderência ao tratamento e diminuição na procura por serviços hospitalares. Além disso, os médicos se mantêm mais informados sobre a saúde do paciente e tomam mais medidas preventivas.

Esse tipo de abordagem mostrou  uma redução nas taxas de mortalidade quando o paciente é cuidado pelo mesmo profissional. Essa análise inclui artigos com cirurgiões e psiquiatras, mostrando que isso é um padrão humano de resposta que engloba toda a medicina – este achado se aplica a outras especialistas e médicos generalistas.

Atualmente se dá muita ênfase sobre os avanços tecnológicos tanto para o diagnóstico como tratamento de diversas doenças. É importante lembrar que esses avanços são extremamente importantes na medicina atual.  No entanto, muitas vezes a abordagem ao paciente é impessoal. Nesse sentido,  este artigo mostra que o lado humano da medicina ainda é muito importante e pode até mesmo ser considerado como uma questão de vida ou morte.

 

Dr. Marco Pontes Filho

Clínico Geral e Reumatologista da Clínica Move

Rabdomiólise pelo Exercício Físico

A rabdomiólise é a morte aguda das fibras musculares e pode ser causada pelo exercício físico. Ocorre quando há contração muscular excessiva, gerando uma isquemia (falta oxigenação às células musculares) em alguns exercícios principalmente nos de alta intensidade, nos de maior duração e nos do tipo excêntricos. 

Em geral, as toxinas liberadas pela agressão ao músculo não conseguem ser filtradas pelo rim, levando a alteração da função renal e até a insuficiência renal.

Outras causas de rabdomiólise :

  • Medicações como estatinas, anabolizantes, estimulantes (efedrina, dimetilamina, cafeína)
  • Doença faliciforme, miopatias e doenças metabólicas
  • Infecções
  • Drogas como álcool, cocaína, êxtase
  • Picada por cobra
  • Traumas

O que se sente?

  • Dor muscular, fraqueza, urina escurecida
  • Outros sinais: febre, mal estar, náuseas, confusão, agitação, diminuição do volume urinário.

Como é feito o diagnóstico?

Além das queixas e dos sinais do paciente, alguns exames de sangue e de urina podem alterar-se. A enzima muscular CPK (creatinofosfoquinase) pode apresentar valores de até 5 a 10 vezes maior o valor de referência. Outros exames de sangue podem estar alterados como ácido úrico, potássio, creatinina, uréia, transaminases (TGO e TGP) e  desidrogenase lática. No exame de urina, a mioglobina pode estar aumentada.

Como é o tratamento?

Repouso, bom sono, a hidratação deverá ser feita por via endovenosa,  em alguns casos mais graves o paciente pode evoluir para insuficiência renal, e nesse caso é necessário fazer hemodiálise.

Quando há o retorno ao esporte?

O paciente deve estar sem sintomas e com exames laboratoriais normais. A partir daí iniciará com exercícios leves e progressão supervisionada pelo professor de Educação Física.

Como prevenir a rabomiólise?

  • A programação de treinos de ver ser feita por profissional qualificado para promover aumento gradual e contínuo dos exercícios
  • Hidratação e recuperação adequadas
  • Não fazer uso de medicações sem prescrição médica
  • Cuidado com os estimulantes
  • Não fazer uso de drogas e anabolizantes

 

Dra. Natália Mendes Guardieiro
Médica do Esporte e Nutróloga
Clínica Move

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