Também conhecida no meio do esporte como “diarreia do corredor”. Esse quadro se caracteriza por movimentos intestinais acelerados e frequentes, com ou sem dor, durante ou imediatamente após uma corrida, levando a episódios rápidos de evacuação. A diarreia do corredor é mais comum em atletas de longa distância e pode impactar na performance e impedir a finalização de uma competição.
Provavelmente são vários os fatores que contribuem para o desencadeamento dessa síndrome, entre eles:
(1) uma isquemia nas alças intestinais com edema de mucosa e produção de toxinas, em decorrência do desvio do fluxo sanguíneo abdominal para os músculos, pulmão e coração;
(2) o deslocamento mecânico dos órgãos dentro do abdome e a vibração da parede abdominal com o impacto provocado pelo movimento repetido da corrida;
(3) alterações na secreção habitual dos hormônios intestinais;
(4) determinados suplementos e carbohidrato
(5) ansiedade e estresse pré-corrida.
O que está claro é que o alimento se move mais rapidamente no intestino dos atletas em treinamento.
Algumas medidas simples já podem ajudar a prevenir a diarreia do corredor como limitar a ingestão de alimentos ricos em fibra, como feijão, farelo, frutas e salada pelo menos um dia antes de correr, bem como limitar a cafeina e alimentos ricos em gordura. É importante descobrir também se o corredor tem algum grau de intolerância a lactose.
Mas se sugestões como essas não ajudarem, consulte um médico para uma realizar investigação mais detalhada sobre os fatores provocadores da síndrome e receber orientações sobre as medidas ou medicamentos necessários para evita-la.
Dra. Fernanda Lima
Reumatologista e Médica do Esporte da Clínica Move