Você sabia que o Pilates pode contribuir na melhora da performance de um atleta?

Alguns benefícios são claramente adquiridos com a prática do Pilates, tais como:

  • Melhora a precisão do movimento e a estabilização do Powerhouse (conjunto de grupos musculares do tronco e quadris). Isso possibilita que o atleta realize movimentos complexos, como golpes ou dribles, com menor gasto energético e menor risco de lesão (tanto nos treinos quanto em competições).
  • Fortalece o seu corpo como um todo e de forma funcional – ou seja, promove fortalecimento muscular com movimentos similares da modalidade esportiva específica.
  • Melhora o alongamento das fibras musculares e a mobilidade (flexibilidade) das articulações. Alguns estudos mostram que um número considerável de lesões ocorrem quando o músculo encontra-se contraturado. Assim, manter o músculo bem alongado e relaxado é também de suma importância para a saúde da fibra muscular.

Quem pratica Pilates ainda se beneficia com:

  • melhora da respiração e oxigenação dos tecidos
  • melhora a postura
  • melhora da coordenação motora e propriocepção
  • aumento da resistência muscular isométrica
  • prevenção de dores de coluna
  • prevenção de lesões ostemioarticulares

Por isso o Pilates é uma ferramenta diferenciada para ser introduzida na sua rotina e potencializar seu treino.

Joseph Pilates, fundador da técnica, desenvolveu seus exercícios com fortes influencias das posturas do Yoga, movimentos do Ballet e do Boxe. Estipulou 06 princípios que devem estar sempre presentes na execução de todos os exercícios: Concentração, Controle, Precisão, Centralização, Respiração e Movimento Fluido. Os movimentos – tanto nos aparelhos específicos ou no solo – devem ser realizados de forma contínua e sempre associados à respiração, promovendo alongamento e fortalecimento.

Inicie a prática com exercícios de baixa complexidade e não se esqueça dos 06 princípios acima citados – nada de pressa. A evolução para exercícios de média complexidade e alta complexidade devem ocorrer de forma gradativa e desafiadora, mas sempre respeitando os limites do seu corpo.

Procure um profissional capacitado e habilitado para instrui-lo corretamente.
Bom treino!

Kamyla Costa
Fisioterapeuta da Clínica Move

Intestino e saúde

O intestino é um órgão que, em pouco tempo, passou de relegado a segundo plano para o queridinho dos pesquisadores. Isso por que, além de digestão, absorção e excreção dos alimentos, ele tem muitas outras funções interessantes.

Nosso intestino, um tubo cujo comprimento varia de 4,5 a 6 metros, é morada de uma comunidade enorme de microrganismos, sobretudo bactérias. Calma, não se assuste, refiro-me às bactérias intestinais, benéficas, que vivem conosco em mutualismo. Ou seja, elas nos ajudam, nos as ajudamos.  

Recentemente, o papel dessas bactérias intestinais ganhou uma nova luz. Sabíamos que elas auxiliam na digestão dos carboidratos não-digeríveis presentes nos vegetais produzindo, a  partir deles, os chamados ácidos graxos de cadeia curta. Esses compostos servem de combustível para bactérias que fazem fermentação no cólon.

O que é relativamente novo é que essas mesmas bactérias são capazes de produzir neurotransmissores como serotonina, seu precursor, o triptofano, o hormônio cortisol, e vários outros. Há indícios de que um desequilíbrio nessa comunidade poderia estar relacionado a quadros de distúrbios do humor, doenças do fígado, hipercolesterolemia, entre outros. Ainda são evidências em animais; em humanos, é mais difícil verificar esses fenômenos. Precisaremos de tempo para que a Ciência faça o seu trabalho.

Entretanto, vale a pena investir no equilíbrio desse órgão, com uma alimentação rica em fibras, em bioflavonóides (pigmentos contidos nos vegetais com ação antioxidante) e quiçá, com uso de alguns complementos como os simbióticos, que fornecem alguns tipos de bactérias  e as fibras para seu crescimento. Além disso, o exercício físico moderado também parece contribuir para aumentar a diversidade dessas bactérias no intestino.

Então, está esperando o que para levar uma vida mais saudável?

Patrícia L. Campos-Ferraz, PhD
Nutricionista da Clínica Move

Reabilitação de Dores Crônicas

A Dores Crônicas são decorrentes de meses ou anos de sobrecarga muscular ou articular. Elas podem estar relacionadas a posturas inadequadas e/ou movimentos repetitivos ou errados.

A reabilitação deve ser focada em resolver a causa da dor e não apenas tratar os sintomas. É importante  que o  fisioterapeuta faça uma  avaliação individual e pormenorizada de seu paciente com o objetivo de  detectar qualquer alteração no exame físico que possa estar relacionada ao quadro de dor. Dessa forma, se estabelece o tratamento de forma que um novo padrão postural e de movimento seja implementado, e consequentemente, os fatores de sobrecarga no cotidiano e nas atividades físicas possam ser eliminados.

Para o aprendizado desta nova consciência corporal, a reabilitação tem que ser estruturada respeitando as características corporais de cada indivíduo, as tarefas que realiza no seu cotidiano, e a atividade física ou esporte que realiza.

Dessa forma conseguimos a resolução do quadro doloroso, e mais que isso, diminuímos a chance do retorno da dor.

Pedro Angrisani
Fisioterapeuta Clínica Move

Você sabe o que é a síndrome do trânsito intestinal rápido do maratonista?



Também conhecida no meio do esporte como  “diarreia do corredor”. Esse quadro se  caracteriza por movimentos intestinais acelerados e frequentes, com ou sem dor,  durante ou imediatamente após uma corrida, levando a episódios rápidos de evacuação. A diarreia do corredor é mais comum em atletas  de longa distância e pode impactar na performance e impedir a finalização de uma competição.

Provavelmente são vários os  fatores que contribuem para o desencadeamento dessa síndrome, entre eles:

(1) uma isquemia nas alças intestinais com edema de mucosa e produção de toxinas, em decorrência do desvio do fluxo sanguíneo abdominal para os músculos, pulmão e coração; 

(2) o deslocamento mecânico dos órgãos dentro do abdome  e a vibração da parede abdominal com o impacto provocado pelo movimento repetido da corrida;

(3) alterações na secreção habitual dos hormônios intestinais;

(4) determinados suplementos e carbohidrato

(5) ansiedade e estresse pré-corrida.

O que está claro é que o alimento se move mais rapidamente no intestino dos atletas em treinamento.

Algumas medidas simples já  podem ajudar a prevenir a diarreia do corredor como limitar a ingestão de alimentos  ricos em fibra, como feijão, farelo, frutas e salada pelo  menos um dia antes de correr, bem como limitar a cafeina e alimentos ricos em gordura.  É importante descobrir também se o corredor tem algum grau de intolerância a lactose.

Mas se sugestões  como essas não ajudarem, consulte um médico para uma realizar investigação mais detalhada sobre os fatores provocadores da síndrome e receber  orientações sobre as medidas ou medicamentos necessários para evita-la.

Dra. Fernanda Lima
Reumatologista e Médica do Esporte da Clínica Move



Exercício Físico: Uma importante estratégia para controlar a Pressão Arterial

O risco de hipertensão arterial aumenta com a idade, mas manter-se ativo pode fazer uma grande diferença no controle da pressão arterial e até mesmo evitar o seu aparecimento. E para isso não é necessário correr uma maratona!

O exercício físico fortalece o seu coração e diminui a resistência nas suas artérias, além de ajudar a manter o peso. Tornar-se ativo pode reduzir sua pressão em 4 a 9mmHg, efeito semelhante ao de algumas medicações. No entanto, é importante exercitar-se de maneira regular e constante e o efeito já aparece entre 1 a 3 meses.
Os exercícios aeróbios são efetivos, mas é importante acrescentar exercícios de fortalecimento muscular e flexibilidade. Deve-se praticar 150 minutos de atividade aeróbia moderada por semana, ou seja, 30 minutos por dia, 5 vezes por semana. Para o fortalecimento muscular são recomendados:

• exercícios para os principais grupos musculares, pelo menos duas vezes por semana;
• atenção ao uso adequado dos aparelhos para reduzir o risco de lesões;
• manter respiração contínua (não prender a respiração no momento da realização da força);
• preferir aumentar o número de repetições a aumentar a carga.

Outro ponto importante é, se sua rotina inclui muitas horas sentado, tente reduzi-las. Procure caminhar de 5 a 10 minutos para cada hora que passar sentado. O que também faz bem para sua coluna.
Exercite-se com segurança, comece devagar, faça um aquecimento antes e uma recuperação lenta após. Suspenda a atividade caso sinta-se mal. A avaliação médica é indicada antes de iniciar a prática de exercícios físicos nas seguintes situações:

• homens com mais de 45 anos ou mulheres com mais de 55 anos;
• se você é fumante ou parou de fumar nos últimos 6 meses;
• se você estiver acima do peso;
• portador de doenças como diabetes, doenças do coração ou pulmão;
• se você tem colesterol alto ou pressão arterial alta;
• se você tem história na família de doenças do coração;
• se você sente algum tipo de mal estar durante a atividade física.

Dra. Gabriela Ramalho
Cardiologista da Clínica Move

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