A espondilite anquilosante é uma das doenças inflamatórias mais comuns da reumatologia. Apesar disso, ela tem uma prevalência relativamente baixa na população, sendo de cerca de 0,2% nos Estados Unidos, embora mais frequente em países como a Noruega.
Ela é mais comum no sexo masculino e surge dos 20 aos 45 anos de idade. Entre os fatores de risco para o desenvolvimento da doença, o que mais se destaca é um marcador genético chamado HLA-B27, que pode ser passado entre as gerações na família.
Os sintomas mais comuns inicialmente são dores em glúteos e coluna lombar. Mas diferente das dores associadas com a prática esportiva ou a má postura durante o dia, a dor lombar e glútea nessa doença é caracterizada por ser crônica, com duração maior que 3 meses; ser pior na madrugada e no início da manhã, sendo comum acordar o paciente por sua intensidade; ser associada com mais de 30 minutos de rigidez e dificuldade de movimentação no início da manhã; e melhorar com a prática de esportes, além de não aliviar e até piorar com o repouso.
Outros problemas comuns de surgirem associados a essa doença são inflamação no olho e dor em outras articulações, principalmente nas pernas e no calcâneo. Com o tempo, se não tratado, o paciente pode evoluir com deformidades irreversíveis na bacia e na coluna.
Para seu diagnóstico, é necessário solicitar exames de imagem como RX de coluna e bacia, além de exames de sangue. Em alguns casos é necessário realizar ressonância magnética também. Seu tratamento é composto por um programa de exercícios físicos, uso de anti-inflamatórios e, em alguns casos, medicamentos imunossupressores objetivando o controle da doença e qualidade de vida para o paciente.
Dr. Luiz Adsuara,
Reumatologista da Clínica Move